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Mostrando postagens com o rótulo Ocultismo

A CURA PELA VERDADE NO XAMANISMO

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Os povos nativos americanos, adeptos do xamanismo, têm um símbolo sagrado chamado Roda de Cura ou Roda da Vida. Não à toa, entendem que viver é um processo infinito de cura, caminhar em beleza pela infinita estrada da vida, nas palavras de um ancião Navajo. O símbolo tem a sagrada missão de nos lembrar que através de nossas relações vamos encontrar o remédio ou o veneno para as nossas dores. Na medida que aprendemos quem somos e pacificamos o nosso convívio com tudo e com todos saltamos um aro na Roda da Vida. Ficamos mais forte para seguir adiante. Certa vez ouvi de um sábio monge tibetano que o Budismo não era religião, tampouco filosofia. Budismo é convívio social, esclareceu, pois toda teoria só terá alguma serventia se aplicado aos meus relacionamentos do cotidiano. Conhecimento que não é vivido é como pão na vitrine, embora encha os olhos, não sacia a fome. A vida nada mais é do que um processo contínuo de cura. A razão de viver é puramente de cicatrizar as feridas em

FILOSOFIA EM THELEMA 3

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A proclamação “Faça o que tu queres há de ser tudo da Lei” do Liber Al vel Legis (I : 40) tem implicações especialmente profundas na esfera da moralidade. Há um material extenso sobre esse tópico ao longo dos trabalhos de Crowley. Desde “Não há Lei senão Faça o que tu queres” (Liber AL vel Legis III:60), a única ação “correta” é aquela que cumpre a Vontade e a única ação “errada” é aquela que contraria a Vontade. Como é afirmado no Liber AL vel Legis (I:41) “A Palavra de Pecado é Restrição”. Crowley explica que “[essa] é a declaração geral ou definição de Pecado ou Erro. Qualquer coisa que prenda a Vontade, a atrapalha ou a desviar, é Pecado” (The Law is for All). Essencialmente, qualquer forma de moralidade que funciona com absolutos, que afirma que qualquer qualidade é a priori “certa” ou “errada” (ou “mal”) é anátema da Thelema. “Para nós, então, ‘mal’ é um termo relativo: ele é ‘aquele que dificulta o cumprimento da Verdadeira Vontade (The Law is for All). As atitudes p

FILOSOFIA EM THELEMA 2

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Há dois pontos sobre a razão que estão expostos no Liber Al Vel Legis. O primeiro ponto é que a razão deve ser subserviente à Vontade; o segundo ponto é a importância da experimentação direta acima da razão. Essas ideias sobre a razão se complementam e dão suporte uma à outra. Primeiramente, a Vontade é “suprarracional” ou para além da razão. A parte do Liber Al Vel Legis que fala com isso está no capítulo 2: “Há grande perigo em mim; pois quem não compreende estas runas cometerá um grande erro. Ele cairá dentro do fosso chamado Porque, e lá ele perecerá com os cães da Razão. Agora uma maldição sobre Porque e sua parentela! Seja Porque amaldiçoado para sempre! Se Vontade pára e clama ‘Por quê?’ invocando Porque, então Vontade pára e nada faz. Se o Poder pergunta ‘Por quê?’, então Poder é fraqueza. Também razão é uma mentira; pois existe um fator infinito e desconhecido; e todas as suas palavras são artifícios. Chega de Por que! Seja ele condenado como um cão! Porém vós, ó meu

FILOSOFIA EM THELEMA 1

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Existe um debate constante e talvez interminável sobre Thelema ser uma religião, filosofia ou um estilo de vida (ou tudo isso ou nada disso). No meu ponto de vista, a Thelema certamente tem algo a oferecer tanto na área da religião quanto na filosofia. Este artigo se debruçará sobre como Thelema aborda as divisões clássicas da filosofia incluindo Metafísica (incluindo aqui ontologia, cosmologia, escatologia e teleologia), epistemologia e ética. Metafísica é essencialmente o estudo da natureza do mundo. Ela é tradicionalmente dividida em ontologia, cosmologia, escatologia e teleologia. Ontologia: Nada & Dois Ontologia é o estudo do ser, da existência ou da realidade. A ontologia thelêmica é facilmente expressa pela frase “Nada & Dois”. O mundo é entendido como “Nada” ou “Nulo”, que é algo absolutamente além de qualquer descrição e limite. No Liber Al Vel Legis I: 27 está escrito “Então o sacerdote respondeu e disse à Rainha do Espaço, beijando as suas amáveis s

O LIVRO E A ESPADA

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Seja na magia do caos, na magia tradicional ou em qualquer área do conhecimento, fala-se muito da importância de aprofundar-se tanto na teoria quanto na prática. Conforme a época, o lugar e a área do saber, essas concepções mudam. Às vezes valoriza-se mais a teoria ou mais a prática, devido a motivos culturais, políticos, econômicos, dentre outros. Na magia atual, vejo muitas críticas aos chamados “magistas de poltrona” (armchair magicians), que “só estudam e não praticam”. Eu conheço uma prática em que se fica sentado “sem fazer nada”, que segundo os relatos levaram muitos à iluminação: ela se chama meditação. Para magistas que apreciam ficar sentados em suas poltronas essa seria uma boa ideia. Mas brincadeiras à parte, será que teoria e prática são assim tão separadas? Algumas sistematizações são mais úteis que outras. Qual seria o caso aqui? Na Idade Antiga, como na Grécia, trabalhos manuais costumavam ser pouco valorizados e os trabalhos intelectuais eram exaltados (com

FUNDAMENTOS DA INICIAÇÃO EM THELEMA

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Em Thelema, o termo “iniciação” é usado frequentemente e de maneiras diferentes. Este artigo destina-se a elucidar o significado básico e os fundamentos da iniciação, especialmente no contexto do sistema espiritual de Thelema. Definição básica: “Iniciação” refere-se, essencialmente, ao caminho da progressão espiritual de cada indivíduo. O “caminho da iniciação” é sinônimo de outros termos, tais como “o caminho da realização” ou “a busca pela iluminação”. Às vezes é chamada de Grande Obra, “subida da Árvore da Vida” ou simplesmente “o Caminho”. Ao longo do Caminho, chega-se a vários “graus” de iniciação que podem ser entendidos como certos níveis de insight de entendimento ou simplesmente como certas mudanças de consciência, que se move progressivamente da ignorância da visão rasa de si e do mundo para o ser “iniciado” ou para a visão iluminada. Estes “graus” de iniciação referem-se estritamente a um processo interno, e as cerimônias e “graus” de organizações temporais são s

NUMEROLOGIA

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A numerologia é um ramo de estudo incluso no que é comumente conhecido por Ciências Ocultas; ou seja, a combinação de conhecimentos de ordem mística com uma fundamentação científica. Deste modo, a numerologia pode ser compreendida como o estudo da significação oculta dos números e de sua influência em aspectos da vida cotidiana, da espiritualidade, do intelecto, entre outros.  A numerologia pode ter sua origem na gematria, um sistema que tem seus primeiros registros na Torá, datando de mais de três mil anos. A gematria consiste em atribuir um valor numérico às letras que compõem somente o alfabeto hebraico.  O resultado da soma dos valores numéricos relacionados às letras de uma determinada palavra atribui a esta uma característica específica. Desse modo, a numerologia seria apenas uma "versão" da gematria adaptada ao alfabeto romano. Por outro lado, a origem da numerologia pode estar nos estudos do filósofo e matemático grego Pitágoras (571/0 a.C – 497/6 a.C). Segundo

MAGIA E OCULTISMO PARA INICIANTES (Parte II)

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Magia não surgiu ontem, ou mesmo durante as perseguições medievais. Magia é algo praticamente inerente ao homem, alguns diriam que é a verdadeira (e a primeira) religião, que colocava nossos antepassados em contato com o (Macro)cosmos muito antes de padres, pastores e sacerdotes usurparem para si as chaves do encontro com Deus. Mas, assim como a história da civilização precisa de um ponto de partida para ser ensinada – e geralmente se começa com a história da Mesopotâmia -, compreender um pouco da história e da filosofia da Magia exige um pouco de generalizações e de cortes arbitrários. Obviamente que definições diferentes – e até contraditórias – do que escreverei abaixo, poderão ser encontradas por vocês em outros livros e artigos, portanto, para esse texto vale o mesmo que Eu disse:   isso é só um primeiro tapa na bunda de incentivo a busca por mais conhecimento . O mais importante, acima de tudo, é o equilíbrio. Desconfie e questione tudo, seja curioso e não tenha medo de faz