HOSPICIO (Relato de uma experiencia psiquica)
HOSPÍCIO
Relato de uma experiência psíquica
Numa segunda-feira fria de Junho o vento gelado cortava o rosto e fazia
as pernas tremerem. O sol ainda não tinha forças para dissipar o frio que
tornou a madrugada uma das mais frias do ano. Eram 08:00 horas da manhã. Eu
estava parado a entrada do Hospital Psiquiátrico, tinha uma entrevista para um
emprego de enfermeiro. O hospital era uma construção antiga e grande que tomava
todo o quarteirão. Talvez no passado tivesse sido um Hotel ou algo parecido. As
paredes velhas e gastas eram cobertas por um cinza desbotado, ícone do desprezo
pela pintura e pela estética. Esse desleixo parecia aumentar ainda mais a
vibração de tristeza angustiante que emanava daquele lugar. Uma pequena varanda
dava acesso a recepção. Uma moça sardenta de grossos óculos de grau dedilhava
uma antiga máquina de escrever por traz de um balcão de madeira. Ela olhou para
mim e sorriu.
— Em que posso ajudá-lo? — perguntou.
— Eu tenho uma entrevista com a Enfermeira Celia.
— Ela está esperando por você. Disse levantando-se da cadeira. — Vou
leva-lo até a sala dela. Segui ela por um pequeno corredor, a porta estava aberta,
era um pequeno cubículo transformado em escritório. Por traz de uma pequena
mesa de madeira a Enfermeira Celia mexia em um punhado de papeis. Era uma
mulher de uns 40 anos, baixinha e gorda, rosto redondo e carrancudo. Ela se
levantou e apertou minha mão com força.
— É um prazer conhece-lo. Disse ela séria. — Vejo pelo seu currículo que
você não tem experiência em hospital psiquiátrico. Mas isso não é problema,
sempre tem uma primeira vez para tudo. Ela sorriu. — Precisamos de uma pessoa
que realmente esteja com vontade de trabalhar. Os pacientes que temos aqui são
diferentes, precisam de cuidados diferenciados e nem todos se adaptam a esse
trabalho. Espero que você não seja igual aos outros e permaneça trabalhando
conosco.
Ia dizer que precisava do emprego e com certeza eu permaneceria firme
trabalhando ali. Mas antes que dissesse algo ela se levantou, pegou um grande
molho de chaves, vestiu um jaleco branco pendurado na parede e me convidou como
quem convida para um passeio.
— Vou lhe mostrar o hospital e apresenta-lo aos outros funcionários. Disse
ela me conduzindo por um outro corredor até uma grande e pesada porta de
madeira maciça. Abriu a pesada porta com dificuldade e assim que entramos a
fechou rapidamente. — Essa porta nunca pode ficar aberta, precisa sair ou
entrar rápido e sempre ficar atento, pois alguns pacientes ficam esperando um
descuido para fugir. E isso já aconteceu inúmeras vezes.
Sem dúvida aquele conselho era valido. Pois quando entramos havia alguns
pacientes à beira da porta e podia ver claramente suas intensões em estar ali.
Aquele era um lugar ruim. Podia-se sentir a tristeza, angustia e desespero que
pesava naquele ambiente. O cheiro de cigarro misturava-se ao cheiro de mofo,
apesar que tudo parecia limpo e organizado. Da grande porta pesada dava para um
extenso corredor. A esquerda bem próximo da porta ficava a sala da enfermagem.
A direita o corredor se estendia por uns 200 metros. O chão era de um piso de
vermelhão queimado, e já estava bem gasto e desbotado, mas era limpo e em
algumas partes ainda brilhava uma cera lustrosa. As paredes tinham o mesmo
cinza desbotado da parte externa. Nas duas extremidades do corredor havia
inúmeras portas que eram os quartos dos pacientes. Os quartos eram pequenos, em
alguns havia apenas uma cama de solteiro em outros duas ou três camas. Estavam
aparentemente limpos e organizados, mas um cheiro de mofo exalava no ar.
— Nesse corredor principal ficam hospedados os pacientes alcoólatras e os drogaditos
(termo que designa os usuários de drogas). Os sete primeiros dias são os piores
para estes pacientes. Entram em abstinência pela falta do álcool ou das drogas
e tentam fugir a todo custo. Mas depois desse tempo ficam mais sossegados e até
formam o grupo de ajuda para conter outros pacientes. (O grupo de ajuda é
conhecido como grupo dos oito, são oito pacientes que ajudam a segurar e conter
os pacientes novos resistentes a internação ou os que estão em abstinência
passando pelo “delirium tremes” fase em que o paciente passa por alucinações
visuais e auditivas e torna-se agressivo, sendo necessário a contenção no
leito). O total de pacientes internados aqui é de 175, 75 na ala masculina e
100 pacientes na ala feminina. Você quase não vai ter acesso a ala feminina,
somente quando precisarem de alguém para ajudar a conter alguma paciente. A ala
dos pacientes psiquiátricos fica próximo a sala de enfermagem, são os que mais
precisam de cuidados e os que dão mais trabalho.
Do corredor principal entramos em um outro um pouco mais estreito mas
com as mesmas características. Nesse corredor ficava o bebedouro a esquerda que
parecia um cocho. Um pouco mais a frente ficava o banheiro com cinco espaços
privativos com chuveiros e outros três com vasos sanitários, e cinco pias de
louça branca chumbadas numa das paredes. Estavam limpos, mas cheiravam mal.
— Os pacientes em melhor estado usam esse banheiro. Não deve deixar que os
pacientes mais debilitados usem esse banheiro, pois costumam evacuar no chão e
sujar as paredes. Falou ela enquanto abria as portas e inspecionava o chão como
se fosse corriqueiro acontecer aquilo.
Andamos até o final do corredor onde havia uma pequena sala trancada.
— Aqui é o expurgo onde esterilizamos o material de curativo e sutura. Ela
abriu a porta, sala pequena com uma bancada coberta por alumínio, uma máquina
de esterilização antiga que eu nem tinha ideia de como funcionava. — Às vezes
os pacientes se cortam por acidentes ou brigas, então precisamos fazer a sutura
do corte ou curativo. Todo material que usamos vem para essa sala onde lavamos,
embalamos e esterilizamos no final de cada turno. Ela fechou a porta da sala,
verificou se estava bem fechada. — E importante que todas essas portas fiquem
fechadas, agora vamos para a sala de enfermagem, vou apresentar você para a
enfermeira de plantão, ela vai lhe explicar tudo o que precisa saber.
A sala de enfermagem era comprida e um balcão de madeira ia de uma
extremidade a outra. Por traz do balcão uma mesa num dos cantos, no outro um
armário tomava toda a parede. Uma enfermeira magricela falava ao telefone
enquanto anotava alguma coisa numa prancheta sobre a mesa. No balcão três
enfermeiras preparavam as medicações dos pacientes separando comprimidos
conforme a prescrição de cada um e os colocavam em copinhos de plásticos.
— Sonia esse é o nosso novo funcionário. Mostre todas as instalações e lhe
explique tudo o que precisa saber. Disse ela olhando para o relógio. — Preciso
ir para uma reunião agora. Olhou para mim sorrindo e disse: — É muito bom ter
você no nosso quadro de funcionários, precisando de algo, não hesite em me
procurar. Quanto ao seu horário de trabalho, nesse primeiro mês vai trabalhar
no turno da noite, um dos funcionários está de atestado e você vai cobrir sua
escala.
— Para mim está ótimo. — Disse a ela. — Gosto de trabalhar a noite.
Ela sorriu para mim e se foi.
— Muito bem, ela já lhe mostrou um pouco do nosso hospital. — Falou Sonia
levantando-se da mesa. — E como sempre a parte pior fica para mim. Venha vou
lhe mostrar a ala dos pacientes psiquiátricos.
Ela me conduziu para um corredor ao lado da sala de enfermagem. Entramos
num outro corredor a esquerda até uma porta que não estava fechada. Um cheiro
forte de urina e fezes impregnava as narinas.
— A faxineira limpa essa ala três vezes ao dia. Disse Sonia ao perceber o
meu desconforto. — Mas os pacientes dessa ala, alguns não tem um senso de
higiene adequado e a medicação que tomam os deixa dopados e alguns urinam na
cama durante a noite.
No corredor um pouco menor que os outros mas com as mesmas
características, andavam de um lado a outros alguns pacientes e pelo seu andar
podia perceber que estavam sobre o efeito de fortes medicações. Eram como
zumbis, olhos sem emoção, cascas vazias de seres humanos. A impregnação pelos
medicamentos, principalmente o haldoperidol tinha o efeito de causar tiques
nervosos, movimentos involuntários na face e algumas vezes nos ombros. É um
efeito esperado desse medicamento quando usado por um longo tempo nos pacientes
esquizofrênicos. Em quase todos os quartos haviam três a quatro camas de
solteiro, um colchão fino e plastificado cobria as camas de ferro e sem
estrado.
— Em cada quarto dorme três a quatro pacientes. — Falou ela. — Procuramos
pôr os pacientes piores juntos separados dos outros um pouco melhores para que
não cause confusão. Nessa ala temos 32 pacientes. Na maioria são
esquizofrênicos e psicóticos e os que nos dão mais trabalho e os que precisam
de mais cuidados. Como você vai trabalhar no turno da noite não precisa se
preocupar com o banho deles. Eles tomam banho uma vez ao dia na parte da manhã.
Depois do banho vão para o refeitório tomar café e após o café tomam sua
medicação diária e então estão livres para ir ao pátio onde tomam sol e
participam se quiserem da terapia ocupacional. O almoço é servido ao meio dia,
o café da tarde as quinze horas e o jantar as dezanove e trinta. Depois tomam a
medicação da noite e vão para o pátio até as vinte e duas horas. Depois das
vinte e duas tudo é fechado. O trabalho do turno da noite é servir o jantar e
dar a medicação, ficar no pátio olhando os pacientes e depois das vinte e duas
horas colocar na cama um ou outro que teima em ficar acordado andando pelos
corredores. Enfim esse é o nosso trabalho — falou ela sorrindo — Não é nada
difícil. Você vai trabalhar com a enfermeira Maristela a noite, ela é um doce
de pessoa e logo você pega o jeito de como tudo funciona aqui. Até amanhã à
noite — disse ela me conduzindo para a porta de saída. Apertou a minha mão e me
desejou boa sorte.
Eu sai feliz por ter conseguido o emprego. Fazia tempo que estava sem
trabalho, meus parcos recursos financeiros já estavam quase no fim. E esse
emprego tinha vindo em boa hora. Mas alguma coisa me deixava inquieto, não
sabia o que era, nem o porquê, mas me inquietava. Talvez por perceber que a
vibração daquele lugar era negativa. Mas isso seria normal dentro de um
hospital psiquiátrico, nada de bom poderia vir de um ambiente como aquele.
Nenhum hospital é um lugar bom. Emoções como tristeza, angustia, desespero,
medo tendem a criar um ambiente de vibração negativa e essa vibração impregna
até mesmo a roupa do corpo e, é comum depois de estar num lugar desses que a
roupa tenha um mal cheiro que pode ser sentido por alguém com um pouco de
sensibilidade. É um bom costume que antes de entrar em casa deixar a roupa do
lado de fora ou pelo menos na lavanderia antes de ir para outros cômodos da
casa. Deve-se evitar abraçar os filhos ou a esposa estando com essas roupas
para que não se impregne com essas vibrações o campo áurico delas.
Principalmente as crianças que são muito suscetíveis.
Fui para casa. Dei a noticia para minha esposa que havia conseguido o
emprego e que iria trabalhar no turno da noite. Ela ficou feliz e ao mesmo
tempo um pouco chateada por eu passar a noite fora de casa. Mas era um turno de
12x36, eu trabalharia uma noite e folgaria outra noite o que daria para
descansar bastante e ficar com a família. O dia passou, como sempre tranquilo.
Mas aquela inquietação continuava, era como se algo de ruim estivesse para
acontecer. Não falei nada para minha esposa para não deixa-la preocupada, mas
minha intuição me dizia para tomar cuidado.
Resolvi então usar meu Tarô afim de obter respostas mais amplas sobre o
que estava sentindo. O Tarô é um oraculo. Um conjunto de cartas simbólicas
usadas na maioria das vezes para a adivinhação. Mas um Tarô devidamente
preparado pode servir como uma ponte para o mundo espiritual e quando
consagrado especificamente para determinado espirito pode nos dar importantes conselhos.
O Tarô nunca deve ser usado sem a sua consagração para um determinado
espirito. Se usá-lo sem a consagração ele é uma porta para qualquer tipo de
espirito, bom ou mal, sábio ou ignorante e a resposta não pode ser confiável. É
uma porta aberta para qualquer um e não é confiável quando se trata de
conselhos espirituais.
Um Tarô não consagrado não é confiável mesmo que as vezes possa fornecer
respostas corretas as questões apresentadas. Quando consagrado para um ser de
luz o Tarô não deve ser usado para fins fúteis e corriqueiros. Só deve usá-lo
quando realmente necessário. O meu Tarô eu o consagrei para Deus e seus santos
anjos e para espíritos de luz, amor e paz. Somente os seres que pertencem a
Deus podem usar o Tarô como uma ponte de comunicação espiritual. Cabe aqui
demonstrar para os leitores que se interessam pelo Tarô como proceder na sua
consagração. Não cabe a mim impor ou indicar nenhum caminho espiritual ao
leitor. Deixo para o leitor a livre escolha do espirito a ser consagrado para o
seu Tarô. Abaixo descrevo a consagração do Tarô para Deus e seus santos anjos e
espíritos de luz. E também a consagração para demônios e espíritos das trevas
não como incentivo com pode pensar muitos, mas como conhecimento das artes
ocultas de esquerda.
TAROT
Consagração do Tarô para Deus e seus santos anjos:
Material:- Três velas brancas- Sal- Mirra
A consagração do Sal
“Eu em nome de Deus, pelo poder de Deus, pela gloria de Deus consagro a
ti criatura do sal que tenha a propriedade de limpeza e purificação de todo mal”
Amém
Pegue um Tarô novo coloque-o em uma mesa sobre um pano branco, tire-o da
caixa com as figuras voltadas para cima, jogue um punhado de sal sobre ele e
diga:
“Eu o limpo e purifico de toda energia negativa”
Pegue a mirra, coloque em um recipiente e ascenda. Na fumaça do incenso
passe o seu Tarô várias vezes enquanto diz:
“Eu pelo poder de Deus fecho todas as portas para os espíritos malignos e
imundos se comunicarem através desse Tarô”.
Após isso pegue seu Tarô, coloque-o no centro do pano branco, pegue uma
vela branca e posicione acima do maço de cartas, outra a direita e outra à
esquerda formando um triangulo. Ascenda as velas. Feche os olhos e se concentre
nas velas. Na chama da primeira vela acima do maço de cartas imagine uma cruz de
madeira com nosso Senhor Jesus Cristo crucificado, imagine o seu sangue
purificador descendo pela vela e entrando nas cartas do maço, imagine-as
vermelhas de sangue e depois imagine uma luz brilhante sobre elas. Em seguida
faça a seguinte oração:
“Meu Deus, tu és aquele que criou todas as coisas. Tu és o meu Deus e meu
Senhor, pelo sangue de Jesus Cristo eu consagro essas cartas ao Senhor (pegue o
maço de cartas com as duas mão e eleve-as ao ar). Que este seja um veículo de
comunicação entre eu e o Senhor e somente ao Senhor e aos seus santos anjos e
aos seres de luz que te servem”
Amem
Eis que assim o Tarô está consagrado para os espíritos de luz, anjos de
Deus, anjos da guarda e todos os seres que pertencem a Deus. Deve ser guardado
em um saquitel branco e pode ser usado em qualquer hora do dia ou da noite,
podendo usar uma vela branca acesa enquanto estiver usando as cartas, mas não
que seja necessário. Se for usado para um consulente deve-se fazer uma oração
antes pedindo a Deus ou anjo da guarda a resposta para a questão apresentada. E
uma oração após a consulta agradecendo pela resposta.
Consagração do Tarô para Demônios
Deve ser realizado numa sexta-feira a meia noite. Tudo deve estar
antecipadamente preparado para que exatamente a meia noite se de início ao
ritual a partir dos procedimentos que envolvem o sangue.
Material: -Cinco velas pretas -Uma cartolina branca -Agua benta -Carvão
Molhe o carvão na agua benta e desenhe sobre a cartolina um pentagrama
invertido. Fure seu dedo ou retire um pouco de seu sangue com uma seringa.
Coloque em cada ponta do pentagrama algumas gotas do seu sangue. Pegue seu Tarô
e o coloque no meio do pentagrama com as figuras voltadas para cima, retire a
última carta do maço e a coloque virada para baixo ao lado do maço. Posicione
as velas nas cinco pontas do pentagrama em cima das gotas de sangue. Molhe com
seu sangue o pavio de barbante das velas. Ascenda as velas, concentre-se nas
chamas por alguns minutos então faça a seguinte oração:
“Eu invoco por Asmodeus, Baal e Astaroth todos os espíritos malignos e
demoníacos. Pelo sangue nesse ritual que minha voz possa ser ouvida nos
recantos mais profundos do inferno, ouve a minha voz principados das trevas, eu
consagro esse Tarô como canal de comunicação para que todos espíritos
demoníacos respondam as questões apresentadas. Que assim seja pelo sangue que é
dado a vós. (Nesse momento se derrama algumas gotas de sangue sobre a carta
virada para baixo ao lado do maço). Que assim seja”.
Eis que assim o Tarô está
consagrado para a resposta dos demônios. Deve ser guardado em um saquitel preto
e quando for usá-lo o deve ser feito com pelo menos uma vela negra acesa e
salpicada com seu sangue. O melhor horário é depois das 23:00, mas em qualquer
horário se obtém respostas satisfatórias. Se for usado para ler a sorte de um
consulente algumas gotas de seu sangue deve ser posto na vela ou deve-se
queimar alguns fios de seu cabelo na chama da vela.
A resposta do Tarô foi bem esclarecedora. Eu estava para entrar em
caminhos escuros de nefastos acontecimentos espirituais. Mas não devia voltar
para trás, devia seguir adiante, porque assim devia ser. Não estaria sozinho na
batalha e que as trevas seriam vencidas pela força do amor, da paz e da
misericórdia que viria em socorro.
Fiquei preocupado. Em quem não ficaria tendo para o futuro tais
previsões? Que nefastos acontecimentos me esperavam naquele lugar? Era a
pergunta que martelava em minha cabeça e me deixava preocupado. Podia é claro
não trabalhar naquele lugar, arrumaria um outro emprego e evitaria o que está
por vir. Mas algo que aprendi em minha pequena jornada espiritual é que nada
acontece por acaso, que tudo em nossa vida tem um motivo de ser e que sempre é
para o nosso bem e para a nossa evolução espiritual. Mesmo que muitas vezes não
nos damos conta disso, é sem dúvida uma verdade inquestionável.
Estamos nesse mundo físico para aprender e evoluir espiritualmente.
Muitas vezes o que não aprendemos pelo bem que acontece em nossa vida,
aprendemos pelo mal que sobrevém a nós. A adversidade nos tira da ignorância,
traz luz sobre as trevas do nosso entendimento e nos faz perceber o que estava
oculto. Nunca podemos desprezar as adversidades que sofremos na vida, são elas
que lapidam a brutalidade da nossa natureza animal e nos mostra aquilo que
realmente é importante para nossa vida física e espiritual. Se você está
sofrendo, tendo problemas sejam quais sejam. Nunca se desespere nem perca a
esperança. Os problemas da nossa vida vão e vem como ondas. Eles passam e
tornam a voltar. Nossa atitude mental e espiritual em relação a eles é o que
importa. É para isso que eles existem. É essa a função dos problemas. Criar em
nós uma atitude mental e espiritual adequada e refinada. Um homem sem fé tende
a ter problemas que requerem fé para serem solucionados. Um homem apegado aos
seus instintos tende a ter problemas que o façam entender que ele não é um mero
animal instintivo. Problemas são frutos de atitudes erradas desta ou de outra
vida. São reações de ações mentais, físicas e espirituais que concedemos no
passado e que se reflete no presente e o que concedemos no presente se
refletirá no futuro. Eu estava convicto de que deveria seguir adiante e não
voltar para trás.
A noite depois do jantar, da
novela e do último cigarro fui me deitar. Eu queria fazer uma visita em astral
no hospital psiquiátrico e ver como era o lugar no plano astral. Sai do corpo
físico e me pus na dimensão astral.
Flutuei devagar acima da minha casa. O céu estrelado e límpido era
iluminado por uma lua cheia gloriosa. Olhei para baixo, no fundo do meu quintal
o pé de mangueira frondoso era de um verde vivo. Avistei o Elemental da
mangueira e pensei em ir conversar com meu velho amigo, mas lembrei do meu
objetivo. Formei em minha mente uma imagem externa do hospital psiquiátrico e desejei
ir. Em momentos eu estava lá. O hospital a minha frente era imponente em sua
tretricidade. Uma luz tremula e tênue iluminava ou avermelhava a varanda da
recepção. Em frente, algumas sombras negras conversavam ou pareciam conversar
entre si. Vez ou outra uma sombra escura descia até a entrada e deslizava para
dentro da recepção. Eram seres tenebrosos, seres das sombras como são
conhecidos, portadores do desespero e da angustia que se deleitam com a
desgraça e o medo. Também havia homens acompanhado de seres rastejantes ou
alados, seus demônios particulares ou familiares, homens carrancudos e
disformes, deformados pelo mal que transforma conforme a sua imagem os que são
seus. Alguns deles tinha uma luminescência fraca e apagada, sinal que tinham
corpo físico e estavam conscientes, feiticeiros praticantes da mais pérfida
magia negra que visitam as pessoas amaldiçoadas por de seus feitiços ou as
atormenta por meio de suas artes negras. Um feiticeiro com corpo físico que tem
capacidade de ficar consciente no plano astral é muito perigoso. Porque eles
tem um profundo conhecimento da magia negra e um demônio particular que os
auxilia e orienta. Havia mulheres de beleza maligna, desnudas, insinuantes,
instigadoras da luxuria desenfreada e da lascívia. Prostitutas descarnadas
escravas de seus instintos que nunca podem ser saciados, feiticeiras lindas,
outras velhas e nojentas, algumas acompanhadas com seus demônios particulares,
súcubos e íncubos com toda sua vibração voluptuosa. O hospital psiquiátrico era
no astral um antro maligno.
— O que faz aqui nesse lugar pérfido. — disse uma voz ao meu lado. Eu me
assustei um pouco, não havia percebido a sua aproximação. Eu me virei e percebi
que era uma jovem amparadora.
— Eu vou trabalhar aqui, começo amanhã à noite. — falei entristecido —
Bom, acho que vou, porque não tenho mais certeza se quero mesmo trabalhar num
lugar desses.
— Sim. Esse é um lugar terrível. Dor, desespero, angustia, tristeza e
solidão é o que se encontra aqui — falou ela também num tom de voz entristecido
— e o mal estará aqui até que todas essas pessoas morram em meio ao desespero e
angustia.
— E o que se pode fazer? — perguntei.
— Por nós? Quase nada podemos fazer. — disse ela friamente — Essas pessoas
são jogadas aqui por seus familiares e esquecidas. São fardos pesados para seus
familiares. É um alivio para eles quando estão aqui. Ninguém se preocupa com
eles, não os querem mais, são párias deixados à própria sorte. Desprovidos de
vontade própria, sem ninguém que os ajude, sem amor nem misericórdia vão
perecendo aos poucos até a morte. Se seus familiares intercedessem por eles em
suas orações, sentissem amor e misericórdia, nós poderíamos fazer algo, salvar,
curar, libertar e trazer a alegria a tanto esquecida em suas vidas. Em sua
grande maioria essas pessoas são vítimas de malefícios, possessão demoníaca,
obsessão e maldições familiares. Somente pelo amor, pela misericórdia e
constante oração podem ter suas vidas restauradas.
Pensando sobre essas palavras eu me afastei daquele lugar tenebroso e
voltei para o meu corpo físico. Perdi o sono e só consegui dormir tarde da
noite.
Maristela, a enfermeira da noite, era uma mulher muito bonita. Tinha 25
anos, loira natural, alta e um corpo escultural. Olhos azuis, lábios carnudos,
pele muito bem cuidada. Era uma mulher que chamava a atenção em qualquer lugar.
Além de seus dotes físicos era muito simpática, sorridente e tinha uma voz
gostosa de ouvir. Ela olhou para mim com aqueles olhos azuis, levantou-se da
mesa, sorriu e apertou minha mão.
— Seja bem-vindo à nossa equipe. — disse ela — É muito bom tê-lo com a
gente. Trabalhamos em cinco aqui. Quatro mulheres e um homem. Desde que o
Roberto adoeceu estamos sozinhas, e você não faz ideia de como faz falta um
homem aqui.
Ela me apresentou para todas as outras funcionárias. Matilde a
funcionaria mais velha da equipe. Na casa dos 40 anos, baixa, um pouco
gordinha, cabelos curtos de uma tonalidade acaju. O rosto cansado e as olheiras
nos olhos denunciava os anos de noites em vigília de sua vida. Não era de muita
conversa, taciturna falava apenas o que era necessário. Marcia ao contrario era
uma tagarela, parecia ter engolido um rádio de tanto que falava. Morena, de uns
35 anos, estatura mediana, corpo proporcional, sempre inquieta e falante. Rute
devia ter seus 22 anos, ruiva, sardenta, magra, baixinha, um cisco de gente.
Numa ventania devia usar um peso nos pés para não sair voando. Conversava bem,
mas não tinha um rádio dentro do estomago.
O jantar era servido no refeitório as 19:30. Primeiro a ala feminina.
Depois a ala masculina. A comida era muito boa, bem feita e temperada. Todos
podiam comer a vontade e comiam muito bem. Após o jantar fazia-se uma fila na
porta da sala de enfermagem para tomar as suas medicações, depois todos iam
para o pátio.
O pátio bem iluminado era todo cercado por um muro alto de uns 5 a 6
metros e acima desse muro uns 4 metros de alambrado. Um pequeno campo de
futebol, dois banheiros e uma sala de terapia ocupacional. A sala ficava
fechada durante a noite, mas duas mesas redondas de madeira embaixo da varanda
ficava a disposição dos pacientes para jogarem domino. No restante do pátio
duas grandes arvores e debaixo delas bancos de concreto. Nos dias quentes ali
era com certeza um refrigério para o calor. Uns pacientes jogavam domino. Outros
descansavam nos bancos ou andavam de um lado para outro. Os pacientes
psiquiátricos não se juntavam nas atividades com os outros pacientes. Tinham
atividades especificas para eles durante o dia. Durante a noite ficavam por ali
de um lado para outro.
Sentei em um dos bancos atento a tudo a minha volta. Um dos pacientes se
aproximou.
— Dá um cigarro para mim enfermeiro. — pediu ele — só um cigarrinho
enfermeiro — insistiu ele sentando ao meu lado. Era um homem moreno de uns 45
anos, cabelo crespo, barba por fazer, rosto envelhecido pelo sofrimento.
Peguei o maço no bolso, ascendi o cigarro e lhe dei. Começamos a
conversar e depois de um tempo já tínhamos um laço de amizade e ele me contou
sua história e o motivo de estar ali.
Alcides era de uma cidade do interior do Paraná. Era de uma prospera
família de sitiantes. Ele era o mais velho de seis irmãos. Fazia dois meses que
não recebia a visita de seus familiares e esse descaso o deixava muito triste.
Foi diagnosticado como portador de esquizofrenia com 25 anos de idade. Em suas
constantes internações passou por vários hospitais psiquiátricos. Era sua
quarta estadia nesse hospital. Ele gostava daqui, tinha comida boa e era bem
tratado pelos enfermeiros. Afirma que a sua cunhada é a culpada por estar nessa
situação.
— Feitiço enfermeiro. Feitiço na pinga. — dizia ele — Feitiço de seu Pedro
que cunhada pagou para desgraça minha vida. Ninguém acredita mas eu sei que é.
— enquanto falava gesticulava com as mãos e seu semblante se entristecia mais.
— Feitiço sim, feitiço de Seu Pedro. — repetia ele.
— E porque ela fez isso com você? — perguntei curioso.
— Porque queria meu dinheiro. — respondeu ele.
Seu irmão dois anos mais novo havia se casado com uma moça de um sitio próximo.
Na colheita daquele ano o irmão pediu emprestado uma certa quantia de dinheiro
com a promessa de saldar a dívida no próximo ano. Aproximando-se a data de
saldar a dívida a cunhada foi até ele e disse que não ia lhe pagar nada. Ele
foi até o irmão falar sobre o assunto. Discutiram e brigaram sem chegar a uma
solução. Discutiu outras vezes com a cunhada que se mantinha firme em dizer que
não iria lhe pagar nada. O rancor e a magoa entre eles aumentava. Num dia de
natal com toda a família reunida, comendo, bebendo e se confraternizando, a
cunhada lhe traz um copo com uma dose de pinga. Ele bebe e pouco tempo depois
começa a passar mal e desmaia. Como ele tinha o costume de beber de mais, o
fato não causou surpresa e não deram importância.
A partir desse dia sua vida nunca mais foi normal. Começou a sentir algo
se movimentar no estomago, para cima e para baixo, as vezes subia pelo braço
esquerdo e outras vezes descia pela barriga. Começou a ouvir ruídos, vozes
chamando seu nome, pronunciando palavras de morte, incitando a fazer isso ou
aquilo. Começou a ver vultos e a ter pesadelos. Cada vez pior acabou por fim
sendo internado e considerado esquizofrênico.
Poções e beberagens é um dos métodos de Magia Negra usado para afligir
uma pessoa através de uma substancia liquida, podendo também usar uma
substancia solida. Comumente se dá preferência para os líquidos pois a
capacidade de absorção desta substancia é superior a solida. Além de ser melhor
absorvida pelo organismo ela tem a propriedade de ser um condensador de fluidos
energéticos.
Mas os feitiços que se lançam sobre uma poção vão muito além de simples
fluidos maléficos. Pode-se através de certas técnicas negras prender uma
entidade no liquido da poção afim de que ela atue no organismo da vítima e só
tenha liberdade após cumprir o seu propósito. Ou seja, a morte. A entidade
presa a poção somente terá liberdade após a morte da vítima. Enquanto isso não
acontece a vítima sofre de males físicos que não podem ser diagnosticado pela
medicina. Males psíquicos caracterizados por perturbações mentais como
alucinações auditivas e visuais, mania de perseguição, depressão profunda,
pânico extremo e outras doenças mentais que tendem a levar a loucura. Quase
sempre são diagnosticados como esquizofrênicos.
Esse tipo de magia negra é muito utilizada atualmente e muitas pessoas
são vítimas dela. Entretanto, em nosso interior, em nosso íntimo, existe uma
intuição que detecta o mal e nos avisa. Infelizmente as pessoas andam dormindo
e sonhando e não percebem esse lampejo de aviso do nosso íntimo. Assim como
podemos detectar uma pessoa invejosa ou de vibração maligna nós também podemos
detectar o mal aonde quer que ele esteja. Basta apenas que esteja atento e seja
consciente do momento e da situação. Vou lhes ensinar uma técnica de detecção
do mal que aprendi e sempre uso com sucesso.
“Quando lhe derem algo para
comer ou beber antes de aceitarem tenham consciência daquilo que aceitam. Se
por exemplo for um suco, coloque sua consciência ali, sinta sendo o suco. Se
naquilo estiver algum mal, você vai sentir em seu íntimo que aquilo não é bom.
Então não aceite. Não beba nem coma. Isso sempre funciona e com a pratica você
poderá até perceber se algo está estragado ou não ou se aquilo vai lhe fazer
mal para o estomago”.
Uma sirene baixa tocou. Eram 22:00 horas. Hora de dormir. Aos poucos
todos foram para seus quartos. Vasculhei o pátio para ter certeza de que nenhum
dos pacientes estava ali, escondido ou não. Após a inspeção, apaguei as luzes e
tranquei a porta. Fui até a ala dos pacientes psiquiátricos. Olhei quarto por
quarto e todos estavam deitados. Fui até a sala de enfermagem e ajudei as
outras enfermeiras na evolução dos prontuários dos pacientes. Meia noite
terminamos. Nada mais para fazer. Percorri os corredores para apagar um pouco
das luzes, não havia necessidade de todas ficarem acesas. Os corredores
desertos e a meia luz eram assustadores. O silencio pesado só era cortado vez
ou outra por um ranger de cama ou uma tossida de algum paciente.
Não havia turno de descanso como em outros hospitais. Tínhamos que ficar
acordado a noite toda. Podíamos sentar em uma cadeira e tirar um cochilo. Mas
não deitar em uma cama e dormir. Depois de um tanto de conversa fiada, peguei
uma cadeira e a coloquei ao lado da porta da sala de enfermagem. Era uma boa
oportunidade para sair fora do corpo e ver no astral como era ali.
A cadeira era dura e desconfortável. Me ajeitei nela da melhor forma
possível. Fechei os olhos, limpei minha mente e comecei a me concentrar para
sair do corpo. Em pouco tempo sobreveio-me os sintomas característicos do
desdobramento. Então me levantei e deixei meu corpo físico sentado sobre a
cadeira.
Quase que de imediato, vi no fim do corredor, uma nevoa escura que se
movia de um lado para outro. Parou de se mexer e veio devagar em minha direção.
Enquanto se aproximava ia tomando forma. Disforme inicialmente e enquanto se
aproximava ia tomando uma forma mais nítida. Faltando um pouco mais de uns dois
metros para chegar em mim a nevoa escura parou e se revelou como uma velha senhora.
Não como essas velhinhas simpáticas que nos fazem lembrar de nossas avós. Era
uma velha de olhos negros esbugalhados e de fisionomia maligna. Os cabelos
brancos compridos e raleados caia por sobre um terno preto. Sim, ela vestia um
terno preto e gravata. Era estranho ver uma velha usando esse tipo de roupa.
Mas ali estava ela, parada a minha frente, me olhando, me analisando. Então
abre a boca, dentes podres nojentos, rosna como um animal raivoso e solta um
grito estridente, gutural, cavernoso. Era uma harpia. Repugnante ser maligno
das esferas tenebrosas. Eu permaneço impassível, sem medo, não demostro nenhuma
reação a sua presença. Era o tempo em que o medo tomava conta de mim nessas
situações. Perdi o medo. Dominei-o.
Pensei que fosse se jogar contra mim. Eu me preparo mentalmente para o
seu ataque. Mas ela me olha de uma forma estranha, olha para o meu corpo
sentado na cadeira, olha para minha forma astral a sua frente, parece confusa
ou talvez curiosa. Ela permanece parada a minha frente. Eu avanço em sua
direção flutuando vagarosamente sem dar atenção a sua presença. Alheio aquele
ser repugnante sigo em frente. Percebo que ela me segue. Sinto-a atrás de mim,
esgueirando-se bem próxima. Então concentro-me no meu plexo solar, crio através
da imaginação um círculo de energia bem próximo ao meu corpo astral, uns trinta
centímetros de distância dele. Crio minha proteção. Sinto ela se afastar um
pouco. Percebeu que sei me proteger. Ela ainda me segue, mas agora com mais
cautela. Esse ser maligno não pode fazer nada em relação a minha presença ali.
Assim como ele eu fui convidado a entrar. Uma porta foi aberta para a minha
entrada. Por direito posso ficar.
Fui chamado para trabalhar naquele lugar. Foi me dado a permissão para
estar ali. Fui convidado a entrar. Então por direito eu posso permanecer
naquele ambiente, dentro ou fora do meu corpo físico. Isso é uma regra no plano
astral. Se uma porta é aberta para você, pode entrar e ficar. Essa regra se
aplica tanto para ambientes físicos quanto para o próprio corpo físico.
Nenhum ser espiritual pode entrar em um ambiente sem ser convidado, nem em um
corpo físico sem que se abra uma porta de entrada.
Enquanto seguia pelo corredor, via a forma astral do pacientes, entrando
e saindo das paredes, dos quartos, do teto. Homens e mulheres estavam
inconscientes, absorvidos em seus desejos e emoções. Levados por seus instintos
ao mais diversos afazeres. Uns entretidos com um simples cigarro, outros se
masturbavam freneticamente e outros gritavam desesperados. Entrei num dos
quartos. Ao pé de uma das camas um ser negro de capuz com as mãos estendidas
sobre o corpo inerte em uma das camas, murmurava palavras estranhas,
inteligíveis e por breve instantes uma luz avermelhada se formou sobre a cabeça
do homem. Então por uma das paredes a forma astral do homem entrou cambaleante
no quarto. O ser negro o segura. Ele se debate, tenta escapar, mas não consegue
e é levado dali. Percebo seu desespero refletir no corpo físico, gira a cabeça
de um lado para outro, mexe o corpo, os braços, sua fisionomia se consterna,
solta um profundo suspiro e fica imóvel. Inconsciência abençoada que o priva
dos terrores e pela manhã apenas lembranças vagas dos pesadelos terríveis de
uma noite perturbada.
Volto para o corredor. Num dos cantos um punhado de pacientes copulam
com íncubos e súcubos numa orgia desenfreada. As entidades se deliciam, se
contorcem, esbaldam-se. Femeas diabólicas me convidam a participar do êxtase
inebriante da luxuria, para o clímax do prazer que alimenta essas vis criaturas.
Saciam-se com a energia sexual desprendida daqueles pobres homens e mulheres
inconscientes. Saio para o pátio. Os pacientes flutuam de um lado a outro,
alheios as entidades que os rodeiam. Diabretes, asquerosos seres malignos de
aparência simiesca, espalhados pelo pátio. Vez ou outra pulavam sobre os ombros
de um ou outro paciente. São parasitas que se alimentam das sobras, das emoções
negativas, do sangue dos assassinatos e dos homicídios. Seres das trevas
conversam entre si. Feiticeiros, bruxas, seres das sombras, humanos sem corpo
físico cheios de ódio, verdadeiros neófitos do maligno. Entre gargalhadas
estridentes contavam seus feitos com grande satisfação. Mortes, desgraças,
doenças que haviam proporcionado ao seres humanos. Trocavam informações sobre
feitiços e procedimentos de desgraça e terror. Num canto, um ser de capuz me
chamou a atenção. Estava sozinho, isolado dos outros, percebi que estava atento
a mim. Então, de repente, senti algo pular sobre mim e ser repelido pelo meu
círculo protetor. Era um dos diabretes, olhava para mm, grasnava mostrando os
dentes. Pulou sobre mim e novamente foi repelido. Então outro se juntou a ele,
e outro, e outro. Dez ou doze desses seres pulavam sobre mim, eram repelidos,
mas, pareciam cada vez mais dispostos a se arremessarem. Depois de um tempo,
sem mais nem menos pararam e se afastaram. Então o estranho ser de capuz veio
até mim e ouvi a sua voz.
— O que faz entre nós? — perguntou com uma voz feminina, não podia ver
seu rosto, apenas olhos brilhantes na escuridão. — O que fazes aqui? —
perguntou novamente em tom sarcástico. — Não é um dos nossos e nem dos
malditos. — referindo-se aos seres de luz. — Se vem para se juntar as nossas
fileiras, és então bem-vindo. — falou ela com maligna delicadeza.
— Não! — foi a minha resposta. — Apenas, trabalho.
— Isso eu sei. Estava lá quando o contrataram. E deve isso a mim.
— Porque?
— O funcionário que estás a trabalhar no lugar dele. Eu o deixei doente.
E ele não vai voltar — disse ela em meio a gargalhadas — um câncer no fígado é
o meu presente para ele. — E tornou a gargalhar e gargalhar malignamente. –
Junte-se a nós, temos lugar para você.
Senti a atenção de todas aquelas entidades sobre mim. Quando de forma
conscientes não escolhemos nenhum caminho a ser trilhado estamos em
neutralidade. Nesse estado somos cobiçados, principalmente pelo lado maligno
que nos vê como um prêmio a ser conquistado e trazido para suas fileiras. A
Bíblia afirma que quando um perdido é salvo, há festa no céu. Da mesma forma,
quando um é conquistado para as fileiras malignas o inferno se jubila.
Como permaneci calado ela continuou.
— Então, diga-me, o que achou de meu feito? — perguntou ela
maliciosamente — Um câncer no fígado não lhe parece bom? — referindo-se ao
funcionário que havia adoecido.
— Que isso me importa? Não é da minha conta. — respondi impassível sem
demostrar nenhuma emoção por aquela informação. Uma emoção de pena ou qualquer
outro sentimento relativo em relação ao fato poderia deixar aquele ser furioso.
Apesar de meu círculo protetor impedir que minhas emoções fossem exteriorizadas
para fora. Não quis arriscar. O controle emocional é muito útil nesses casos.
— Porque se protege? Tem medo de nós? — perguntou ela em meio a risinhos
zombeteiros.
— Não tenho. — foi a minha resposta.
— Esta é minha casa. Eu tomo conta deste lugar. — falou ela — Uma
recompensa por bons serviços prestados e fiel devoção. — percebia-se o
acentuado tom de orgulho ao pronunciar as palavras.
— Hum! — foi minha resposta seca.
— Não interfira em nada que não te pertença. — disse ela em tom
ameaçador. E em meio a gargalhadas se afastou desaparecendo em meio aos outros
seres.
Sai dali devagar. Passei pela porta e fui em direção ao meu corpo físico
sentado sobre a cadeira. Próximo de entrar nele, escutei as enfermeiras
conversando na sala de enfermagem. Decidi bisbilhotar o que estavam fazendo.
Entrei na sala. Rute dormia largada em uma cadeira. Maristela, Marcia e Matilde
conversavam baixinho. Roupas, shopping e namorados faziam parte do assunto. Então,
de repente, Maristela olha para a minha direção, parecia poder ver minha forma
astral. Andei de um lado e depois para outro, ela seguia-me com o olhar. Eu
estava surpreso. Sem dúvida, ela era clarividente. Seus olhos podiam penetrar
na dimensão astral. Até que ponto podia chegar sua visão clarividente? Podia
ver nitidamente o outro lado? Ou era como eu, apenas vendo formas disformes e
contornos escuros.
A clarividência pode ser desenvolvida em vários graus de percepção.
Aumentando gradativamente conforme se trabalha no seu desenvolvimento.
C. W. Leadbeater nos fala de forma bastante didática sobre a
Clarividência em sua obra “A Clarividência”. Cabe aqui a reprodução
explicativa.
“Literalmente a clarividência quer dizer "ver claro", e é uma
palavra que tem sido muitas vezes mal empregada, e mesmo degradada ao ponto de
a aplicarem para descrever as artimanhas de um charlatão num teatro de
variedades. Mesmo no seu sentido mais restrito, abrange um grande número de
fenômenos, tão divergentes nos seus característicos que não é fácil dar uma
definição do termo que seja ao mesmo tempo concisa e justa. Tem-se lhe chamado
"visão espiritual", mas não se pode conceber tradução mais errônea,
porque na grande maioria dos casos não está ligada a ela faculdade alguma que
de longe mereça que a honrem com um nome tão elevado.
Para os fins deste tratado poderemos, talvez, defini-la como sendo o
poder de ver o que está oculto à visão física normal. Será bom explicar,
também, que ela é frequentemente (se bem que não sempre) acompanhada por aquilo
a que se chama "clariaudição", ou seja, o poder de ouvir aquilo que o
ouvido físico normal não pode abranger; tornaremos o termo, que constitui o
título deste livro, extensivo também a esta faculdade, para que evitemos estar
constantemente a empregar duas palavras onde só uma é suficiente.
Antes de entrar propriamente no assunto, desejo esclarecer dois pontos.
Em primeiro lugar, não destino estas páginas àqueles que não acreditem em que
haja clarividência, nem busco nelas convencer os que estejam em dúvida sobre o
assunto. Em tão pequeno trabalho, não disponho do espaço para o fazer; esses
indivíduos deverão estudar os muitos livros que registram listas de casos
destes, ou fazer, eles próprios, experiências seguindo uma orientação
mesmérica. Escrevo para os mais cultos, que sabem que a clarividência existe, e
que sentem pelo assunto um interesse suficiente para que desejem ser informados
sobre os seus métodos e possibilidades; a esses quero assegurar que o que aqui
exponho é o resultado de muitos anos de estudo e de experimentação cuidadosa, e
que, conquanto alguns dos poderes que descreverei lhes possam parecer novos e
espantosos, não me refiro a nenhum de que não tenha visto casos.
Em segundo lugar, ainda que procure evitar, tanto quanto seja possível,
o uso de uma linguagem técnica, permitir-me-ei de vez em quando, visto que
estou escrevendo para estudiosos da Teosofia, usar, para ser breve e sem me
demorar em explicações, a vulgar terminologia teosófica que posso confiadamente
supor que eles conheçam.
Se este livro for ter às mãos de alguém para quem o emprego ocasional
desses termos constitua uma dificuldade, só posso pedir-lhe que o releve e peço
para que busque essas explicações preliminares, qualquer obra teosófica
elementar, como, por exemplo, A Sabedoria Antiga ou O Homem e os seus Corpos de
Mrs. Besant. A verdade é que o sistema teosófico é a tal ponto coerente, as
suas partes componentes estão em interdependência tal, que dar uma explicação
plena de cada termo empregado implicaria escrever um tratado completo de
Teosofia como prefacio mesmo a este breve estudo sobre clarividência.
Antes, porém, que se possa utilmente tentar uma explicação detalhada da
clarividência, será necessário que gastemos algum tempo em algumas
considerações preliminares, para que nitidamente tenhamos presentes alguns
fatos gerais sobre os diferentes planos em que se pode exercer a visão
clarividente, e as condições que tornam possível esse exercício. Constantemente
nos é garantido nos livros teosóficos que estas faculdades superiores
brevemente terão de ser herança da humanidade em geral - que a capacidade
clarividente, por exemplo, existe latente em cada indivíduo, e que aqueles em
quem ela já se manifesta apenas estão, nesse sentido, um pouco mais avançados
do que os outros homens. Ora esta declaração é verdadeira, e contudo parece
absolutamente vaga e irreal à maioria das pessoas, simplesmente porque
consideram tal faculdade como sendo uma coisa absolutamente diferente de tudo o
quanto têm tido experiência, e confiadamente creem que eles, pelo menos, serão
inteiramente incapazes de a desenvolver em si.
Talvez tenda a desvanecer esta impressão de irrealidade se nos
esforçarmos por compreender que a clarividência, como muitas outras coisas da
natureza, é sobretudo uma questão de vibrações, e não passa, de resto, de uma
extensão dos poderes que todos os dias empregamos. Vivemos sempre cercados por
um vasto mar de éter e de ar, aquele interpenetrando este, como, aliás, a toda
a matéria física; e é principalmente por vibrações nesse grande mar de matéria
que nos chegam as impressões do exterior. Isto sabemos todos, mas talvez a
muitos de nós nunca tenha ocorrido que o número dessas vibrações a que podemos
responder é na verdade pequeníssimo.
Entre as vibrações excessivamente rápidas que afetam o éter há uma certa
pequena secção — uma secção pequeníssima — que pode afetar a retina humana, e
este gênero de vibrações produz em nós a sensação a que chamamos luz. Isto é,
podemos ver só aqueles objetos de onde pode ou sair ou ser refletido esse
gênero de luz.
De modo inteiramente análogo, o tímpano do ouvido humano é capaz de
responder a um certo número pequeníssimo de vibrações relativamente lentas —
suficientemente lentas para que afetem o ar que nos cerca; e, assim, os únicos
sons que podemos ouvir são aqueles que são produzidos por objetos que vibram
num grau dentro da gama dessas vibrações.
Em ambos os casos, sabe a ciência perfeitamente que há grande número de
vibrações tanto acima como abaixo destas duas secções, e que portanto há muita
luz que não podemos ver e muitos sons a que os nossos ouvidos são surdos. No
caso da luz, a ação dessas vibrações superiores e inferiores é fácil de
perceber nos efeitos produzidos pelos raios actínios numa extremidade do
espectro e pelos raios do calor na outra extremidade.
O fato é que existem vibrações de todos os graus concebíveis de rapidez,
enchendo todo o vasto espaço que medeia entre as lentas ondas do som e as
rápidas ondas da luz; nem é isso tudo, pois que há sem dúvida vibrações mais
lentas do que as do som e uma infinidade delas mais rápidas do que aquelas que
conhecemos sob a forma de luz. E assim começamos a compreender que as vibrações
pelas quais vemos e ouvimos são apenas como que dois pequenos grupos de poucas
cordas numa harpa enorme de extensão praticamente infinita, e quando refletimos
em quanto nos tem sido possível aprender e deduzir do uso desses pequenos
fragmentos, entrevemos vagamente que possibilidades podiam revelarem-nos se
pudéssemos utilizar o todo vasto e maravilhoso.
Um outro fato, que tem de ser considerado em relação a este, é que
diferentes indivíduos variam consideravelmente, se bem que dentro de limites
relativamente pequenos, na capacidade, que têm, de responder mesmo às
pouquíssimas vibrações que estão ao alcance dos nossos sentidos físicos. Não me
refiro á agudeza de vista ou de ouvido que torna possível a um indivíduo ver um
objeto mais indeciso ou ouvir um som mais tênue do que outro indivíduo; não se
trata, de modo algum, duma questão de força de vista, mas sim de extensão de
suscetibilidade.
Por exemplo: se se pegar num bom prisma de bissulfeto de carbono, e com
ele se lançar um espectro nítido sobre uma folha de papel branco, levando
depois várias pessoas a marcar no papel os limites extremos do espectro, tal
qual o veem, verificar-se-á quase sempre que o poder de visão dessas pessoas
varia consideravelmente de umas para outras. Algumas verão o violeta
estender-se muito mais longe do que outras; outras haverá que, vendo muito
menos do violeta do que a maioria, terão porém uma visão maior do vermelho.
Alguma. - haverá, talvez, que possam ver mais do que as outras a ambas as
extremidades, e estas serão quase infalivelmente aquilo a que chamamos gente
sensível — susceptíveis de um alcance maior de visão do que a maioria da gente
hoje em dia.
Na audição, a mesma divergência se poderá demonstrar com qualquer som
que, sendo muito tênue, não esteja porém fora do alcance do ouvido — um som,
por assim dizer, na fronteira da audibilidade — e ver quantas pessoas, entre
várias, o conseguem ouvir. O guincho dum morcego é um bom exemplo dum som
destes, e a experiência mostrará que numa noite de verão, quando o ar está
cheio dos guinchos agudos, como agulhas, destes animaizinhos, muita gente
haverá que nenhuma consciência tenha deles, incapaz de todo de os ouvir.
Ora estes exemplos mostram claramente que não há limite definido ao
poder, que o homem tem, de responder às vibrações etéricas ou atmosféricas, mas
que já há alguns de nós que tenham esse poder mais desenvolvido do que outros;
e verificar-se-á, mesmo, que no mesmo indivíduo essa capacidade varia de umas
ocasiões para outras. Não é, pois, difícil imaginarmos que um indivíduo possa
desenvolver este poder de modo a vir a poder ver muita cousa que é invisível
aos seus semelhantes, a ouvir muita cousa que eles não podem ouvir, visto que
sabemos que existe um número enorme destas vibrações adicionais, que apenas
como que esperam ser conhecidas.
As experiências feitas com os raios Roentgen dão-nos um exemplo dos
resultados espantosos que se produzem quando mesmo poucas destas vibrações
adicionais são trazidas para o alcance do conhecimento humano, e a
transparência, a estes raios, de muitas substâncias até aqui tidas por opacas,
imediatamente nos mostra pelo menos uma maneira em que se pode explicar tais
fenômenos de clarividência elementar, como sejam ler uma carta fechada numa
caixa ou descrever as pessoas que estão numa sala contígua. Aprender a ver
pelos raios Roentgen, além de pelos vulgarmente empregados, seria bastante para
tornar qualquer indivíduo capaz de executar um ato mágico dessa natureza.
Até aqui temos considerado apenas uma extensão maior dos sentidos
físicos do homem; e, quando refletimos que o corpo etérico dum indivíduo é na
realidade apenas a parte mais tênue do seu corpo físico, e que portanto todos
os órgãos dos seus sentidos contêm uma grande parte de matéria etérica em vários
graus de densidade, a capacidade da qual está ainda apenas latente na maioria
de nós, compreendemos que, mesmo limitando-nos a esta linha de desenvolvimento,
ha já enormes possibilidades de todas as espécies abrindo-se diante de nós.
Mas além e acima disto sabemos que o homem tem um corpo astral e um
corpo mental; cada um dos quais pode, com tempo, ser acordado para a atividade,
e por sua vez responder às vibrações da matéria do seu plano, abrindo ao Eu, à
medida que ele aprende a funcionar através destes instrumentos, dois mundos
inteiramente novos e imensamente maiores de conhecimento e de poder. Ora estes
novos mundos, se bem que nos cerquem e uns aos outros se interpenetrem, não
devem ser considerados como distintos e inteiramente desligados quanto à sua
substância, mas antes como fundindo-se uns nos outros, o astral inferior
formando uma série d ir et a com o físico superior, assim como o mental
inferior, por sua vez, forma uma série direta com o astral superior. Não nos é
exigido, ao pensarmos neles, que imaginemos qualquer nova e estranha espécie de
matéria, mas simplesmente que consideremos a vulgar matéria física como tão
tenuamente subdividida e vibrando com uma rapidez tão superior que nos revela
condições e qualidades que se podem dizer inteiramente novas.
Não nos é, pois, difícil compreender a possibilidade de um alargamento
regular e progressivo dos nossos sentidos, de modo que, tanto pela vista como
pelo ouvido, possamos apreciar vibrações muito superiores e muito inferiores
àquelas que são vulgarmente conhecidas. Uma grande secção destas vibrações
adicionais pertencerá ainda ao plano físico e apenas nos tornará possível obter
impressões da parte etérica desse plano, que atualmente é para nós um livro
fechado. Essas impressões serão ainda obtidas pela retina; afetarão, é claro, a
sua matéria etérica, e não a sólida, mas podemos, ainda assim, considerá-la
como agindo apenas sobre um órgão especializado para as receber, e não sobre a
superfície total do corpo etérico.
Há, porém, alguns casos anormais em que outras partes do corpo etérico
respondem a essas vibrações adicionais tão, ou mesmo mais, prontamente de que
os olhos. Essas anormalidades são explicáveis de diversas maneiras, mas
sobretudo como efeitos de qualquer parcial desenvolvimento astral, pois que se
verificará que as partes sensíveis do corpo quase que invariavelmente
correspondem a um ou outro dos chacras ou centros de vitalidade no corpo
astral. E ainda que, se a consciência astral não estiver ainda desenvolvida,
estes centros não sejam aproveitáveis no próprio plano a que pertencem, têm,
contudo, força suficiente para estimular para uma atividade maior a matéria
etérica que penetram.
Quando passamos a considerar os sentidos astrais propriamente ditos, os
métodos de trabalho são muito diferentes. O corpo astral não tem órgãos de
sentidos especializados, e é este um fato que talvez precise de ser bem
esclarecido, visto que muitos estudiosos, que tentam compreender a sua
fisiologia, acham que isso é difícil de conciliar com as afirmações que se têm
feito, sobre a perfeita interpenetração do corpo físico pela matéria astral,
sobre a exata correspondência dos dois instrumentos, e sobre o fato de que cada
objeto físico tem necessariamente o seu correspondente astral.
Ora todas as afirmações são verdadeiras, e contudo é perfeitamente
possível que as não compreendam bem indivíduos que normalmente não têm a visão
astral. Cada ordem de matéria física tem a sua ordem correspondente de matéria
astral em constante comunicação com ela, nem dela pode ser separada exceto por
um exercício considerável de força oculta, e, mesmo assim, só está dela
separada enquanto tal força se exerce para tal fim. Mas, apesar de tudo isso, a
inter-relação das partículas astrais é muito mais lassa do que a das suas correspondentes
físicas.
Numa barra de ferro, por exemplo, temos uma massa de moléculas físicas
na condição sólida, isto é, capazes de mudanças relativamente pequenas nas suas
posições relativas, ainda que vibrando cada uma com imensa rapidez na sua
esfera própria. O correspondente astral disto consiste daquilo a que muitas
vezes chamamos matéria astral sólida — isto é, matéria do mais baixo e mais
denso subplano do astral; mas as suas partículas constante e rapidamente estão
mudando a sua posição relativa, movendo-se umas entre as outras com a mesma
facilidade com que o fariam as de um líquido no plano físico. De modo que não
há associação permanente entre qualquer partícula física e aquela quantidade de
matéria astral que aconteça estar sendo, em determinado momento, o seu
correspondente.
Isto é igualmente verdade com respeito ao corpo astral do homem, que,
para os nossos fins de momento, poderemos considerar como consistindo de duas
partes — o agregado mais denso que ocupa exatamente a posição do corpo físico,
e a nuvem de mais tênue matéria astral que cerca esse agregado.
Em ambas estas partes, e entre as duas, está constantemente
dando-se a rápida intercirculação de partículas que se descreveu, de modo que,
ao observarmos o movimento das moléculas no corpo astral, constantemente nos
ocorre a sua semelhança com as de água em forte ebulição.
Posto isto, facilmente se compreenderá que, conquanto qualquer órgão do
corpo físico terá sempre de ter como seu correspondente uma certa quantidade de
matéria astral, esse órgão não retém as mesmas partículas durante mais de uns
segundos de cada vez, e por conseguinte nada há que corresponda a
especialização de matéria nervosa física em nervos éticos ou auditivos, etc. De
modo que, conquanto o olho ou ouvido físico tenha sempre o seu correspondente
de matéria astral, esse especial fragmento de matéria astral não é mais (nem
menos) capaz de responder às vibrações que produzem a visão ou a audição astral
do que qualquer outro fragmento do instrumento.
Nunca se deve esquecer que, conquanto constantemente tenhamos de nos
referir a "visão astral" ou "audição astral" para nos
fazermos compreender, o que queremos dizer com essas expressões é a faculdade
de responder a vibrações das que levam à consciência do indivíduo, quando ele funciona
no seu corpo astral, informação da mesma natureza do que aquela que lhe é dada
através dos seus olhos e dos seus ouvidos quando ele está no seu corpo físico.
Mas nas, inteiramente diferentes, condições astrais, não são precisos órgãos
especializados para a obtenção deste resultado; há em todas as partes do corpo
astral matéria capaz de responder a tais vibrações, e por isso o indivíduo
funcionando nesse corpo vê da mesma maneira objetos que estão por detrás dele,
por cima dele, por baixo dele, sem precisar para isso mexer a cabeça.
Há, porém, um outro ponto que não seria justo omitir de todo, e esse é a
questão dos chacras a que acima me referi. Os estudantes da Teosofia conhecem
bem a ideia da existência nos corpos astral e etérico do homem de certos
centros de força que têm de ser, cada um por sua vez, vivificados pelo fogo da
serpente à medida que o homem avança na evolução. Ainda que se não possa dizer
que estes são órgãos, no sentido vulgar da palavra, pois que não é através
deles que o homem vê ou ouve, como na vida física através de olhos e de
ouvidos, é contudo, ao que parece, em grande parte da vivificação desses
centros que o poder de exercer estes sentidos astrais depende; e à medida que
cada um desses centros é vivificado, ele dá a todo o corpo astral o poder de
responder a um novo grupo de vibrações.
Nem têm estes centros, porém, ligada a eles qualquer agregação
permanente de matéria astral. Eles são apenas vórtices na matéria do corpo —
vórtices através dos quais todas as partículas alternadamente passam — pontos,
talvez, nos quais a força superior de planos mais altos age sobre o corpo
astral. Mesmo esta descrição não dá senão uma ideia parcial do seu aspecto,
porque, na realidade, eles são vórtices de quatro dimensões, de modo que a força
que vem através deles, e é a causa da sua existência, parece surgir de parte
nenhuma. Mas, seja como for, visto que todas as partículas, umas após outras,
passam por cada vórtice desses, claro está que é possível a cada um evocar em
todas as partículas do corpo o poder de receptividade para com um certo grupo
de vibrações, de modo que todos os sentidos astrais são igualmente ativos em
todas as partes do corpo.
A visão do plano mental é, por sua vez, inteiramente diferente, porque
neste caso já não podemos falar de sentidos separados tais como a vista e o
ouvido, mas temos, antes, que postular um sentido geral que responde tão
plenamente às vibrações que o atingem que qualquer objeto que chegue ao seu
conhecimento é imediatamente por ele compreendido, é, por assim dizer, visto,
ouvido, palpado, e inteiramente conhecido numa só operação instantânea. E,
contudo, mesmo esta maravilhosa faculdade não difere senão em grau, e não em
espécie, daquelas que estão ao nosso alcance atualmente; no plano mental, exatamente
como no físico, as impressões são dadas por meio de vibrações projetadas do
objeto visto sobre o indivíduo que vê.
No plano búdico encontramos pela primeira vez uma faculdade inteiramente
nova, que nada tem de comum com aquelas de que temos falado, pois que naquele
plano um indivíduo toma conhecimento de um objeto por um meio inteiramente
diferente, no qual as vibrações externas não têm parte nenhuma. O objeto
torna-se parte dele, indivíduo, e ele estuda-o de dentro em vez de fora. Mas
com este poder a clarividência de que aqui tratamos nada tem.
O desenvolvimento, completo ou parcial, de qualquer destas faculdades
caberia dentro da nossa definição de clarividência — o poder de ver aquilo que
está oculto à visão física normal. Mas estas faculdades podem ser desenvolvidas
de várias maneiras, e será bom dizer algumas palavras a esse respeito.
Podemos calcular que se fosse possível que, durante a sua evolução, um
indivíduo estivesse isolado de todas, exceto as mais suaves, influências
externas, e se desenvolvesse desde o princípio duma maneira perfeitamente
regular e normal, os seus sentidos se desenvolveriam também de maneira e por
ordem regular. Também verificaria que os seus sentidos físicos pouco a pouco
aumentavam de alcance até que respondiam a todas as vibrações físicas, tanto da
matéria etérica, como da matéria mais densa; então, numa sequência ordenada,
viria a sensibilidade à parte mais grosseira do plano astral, e em breve também
à parte mais elevada, até que, por um decurso natural, a faculdade do plano
mental apareceria também.
Na vida real, porém, quase que nunca se conhece um desenvolvimento assim
regular, e muitos homens há que têm vislumbres de consciência astral sem que
neles haja sequer acordado a visão etérica. E esta irregularidade de
desenvolvimento é uma das principais causas da tendência extraordinária do
homem para o erro em matéria de clarividência — tendência à qual só se escapa
mediante um longo período de instrução dada por um professor qualificado.
Os estudiosos da literatura teosófica sabem bem que é possível encontrar
esses professores — que mesmo neste século materialista o velho dito permanece
certo, que "quando o aluno está pronto, o Mestre está pronto também",
e que "quando o aluno se torna capaz de entrar para o vestíbulo da
sabedoria, ali sempre encontrará o Mestre". Eles sabem também que só assim
guiado pode um indivíduo desenvolver com segurança e proveito os seus poderes
latentes, visto que sabem quão fatalmente fácil é ao clarividente pouco
instruído enganar-se quanto ao valor e a significação daquilo que vê, ou, mesmo
deformar inteiramente a sua visão ao trazê-la para baixo, para a sua
consciência física.
Não segue que mesmo o aluno que esteja recebendo instrução regular no
uso dos poderes ocultos os veja desenvolver-se em si exatamente pela ordem
regular que acima se esboçou como provavelmente apenas ideal. O seu progresso
anterior poderá não ter tomado essa estrada a mais fácil ou a mais desejável
para ele; mas, ao mesmo, está entregue a alguém que tem toda a competência para
ser o seu guia no desenvolvimento espiritual, e tem a plena e contente
segurança que o caminho pelo qual o levam é aquele que para ele é o melhor.
Outra grande vantagem que ele ganha é que as faculdades que adquire
ficam definitivamente sob o seu domínio e podem ser constantemente e plenamente
usadas quando ele precisar delas para o seu trabalho teosófico; ao passo que,
no caso do indivíduo mal instruído, estes poderes muitas vezes se manifestam
apenas de modo muito parcial e espasmódico, parecendo ir e vir, por assim
dizer, por sua livre vontade.
Pode com certa razão de ser objetado que, se a faculdade da
clarividência é, como se disse, parte do desenvolvimento oculto do homem, e,
assim, uma indicação de certa quantidade de progresso nessa direção, parece
estranho que muitas vezes seja possuída por povos primitivos, ou pelos
ignorantes e incultos da nossa raça — indivíduos evidentemente sem
desenvolvimento algum, de qualquer ponto de vista que os encaremos. Por certo
que isto parece estranho à primeira vista; mas o fato é que a sensibilidade do
selvagem ou do europeu ignorante e grosseiro não é de modo algum a mesma cousa
que a faculdade do seu semelhante propriamente cultivado, nem é obtida de
maneira idêntica.
Uma explicação exata e detalhada da diferença levar-nos-ia a pontos
complexamente técnicos, mas talvez seja possível dar uma noção geral da
distinção entre as duas por meio de um exemplo tirado do plano ínfimo da
clarividência, em contato próximo com o plano físico mais denso. O duplo
etérico no homem está numa relação excessivamente íntima com o seu sistema
nervoso, e qualquer ação sobre uma destas coisas rapidamente atua sobre a
outra. Ora, no aparecimento esporádico da visão etérica no selvagem, quer da África
Central, quer da Europa Ocidental, tem-se observado que a perturbação nervosa
correspondente é quase toda apenas no sistema simpático, e que toda a questão
está realmente fora do domínio da vontade do indivíduo — é, de fato, uma
espécie de sensação em massa, pertencendo vagamente a todo o corpo etérico, e
não uma percepção exata e definida dos sentidos comunicada através dum órgão
especializado.
Corno nas raças posteriores e no meio de um desenvolvimento mais elevado
a força do homem mais e mais se acha entregue ao desenvolvimento das faculdades
mentais, esta vaga sensibilidade em geral desaparece; mas, mais tarde, quando o
homem espiritual se começa a desenvolver, retorna o seu poder de clarividência.
Desta vez, porém, a faculdade é exata e precisa, sob o domínio da vontade do
indivíduo, e exercida através dum órgão sensorial definido; e é de notar que
qualquer ação nervosa com que se relacione e agora quase exclusivamente do
sistema cérebro espinal.
Sobre este assunto escreve Mrs. Besant: "Às formas inferiores do
psiquismo são mais frequentes nos animais e em seres humanos de rudimentar
inteligência do que em homens e mulheres em quem as faculdades intelectuais
estejam bem desenvolvidas. Parecem estar ligadas ao sistema simpático, e não ao
cérebro espinal. As grandes células ganglionares nucleais neste sistema contêm
uma grande porção de matéria itérica, e são por isso mais facilmente afetadas
pelas vibrações astrais mais grosseiras do que as células em que a porção é
menor. A medida que o sistema cérebro espinal se desenvolve e que o cérebro se
torna mais perfeito, o sistema simpático cai para uma situação subordinada, e a
sensibilidade às vibrações psíquicas é dominada pelas vibrações mais fortes e
mais ativas do sistema nervoso superior. É certo que, num estádio ulterior da
evolução, a sensibilidade psíquica reaparece, mas então, é desenvolvida em
relação com os centros cérebro espinais e está sob o domínio da vontade. Mas o
psiquismo histérico e irregular, de que vemos tantos lamentáveis exemplos, é
devido ao pequeno desenvolvimento do cérebro e à predominância do sistema
simpático".
Vislumbres passageiros de clarividência acontecem, porém, algumas vezes
ao indivíduo altamente culto e com tendências espirituais, ainda que ele nem
mesmo tenha ouvido falar na possibilidade de se cultivar essa faculdade. No seu
caso, esses vislumbres em geral significam que ele se está aproximando daquele
estádio na sua evolução quando esses poderes começaram naturalmente a
manifestar-se, e o seu aparecimento deve servir de estímulo adicional para que
ele tente manter aquele alto nível de pureza moral e equilíbrio mental sem os
quais a clarividência é um mal e não um bem para quem a possui.
Entre aqueles que são inteiramente incapazes de ser impressionados e
aqueles que estão em plena posse do poder de clarividência há muitos estádios
intermédios. Um desses estádios, que convém talvez examinar por alto, é aquele
em que o indivíduo, ainda que não tenha faculdades de clarividência na vida
normal, contudo as revela em grau maior ou menor quando sob a influência do
hipnotismo. É este um caso em que a natureza psíquica já é sensível, mas a
consciência ainda incapaz de funcionar nela no meio das múltiplas distrações da
vida física. É preciso que ela seja libertada pela suspensão temporária dos
sentidos exteriores no transe hipnótico antes que possa usar as mais divinas
faculdades que começam nela a aparecer. Mas, é claro, mesmo no transe hipnótico
há inúmeros graus de lucidez, desde o paciente vulgar, que é nitidamente
obtuso, até ao indivíduo cujo poder de visão está inteiramente sob o domínio do
hipnotizador, e pode ser dirigido na direção que ele quiser, ou até ao estádio
ainda mais avançado em que, uma vez libertada, a consciência escapa
inteiramente ao domínio de quem magnetiza e sobe a alturas de visão exaltada
onde fica inteiramente fora do seu alcance.
Um outro passo neste mesmo caminho é aquele em que não é precisa uma tão
perfeita supressão do físico, como a que se dá no transe hipnótico, mas em que
o poder de visão sobre normal, ainda que inatingível na vigília, se torna
possível quando o corpo está sob o domínio do sono vulgar. Neste estádio de
desenvolvimento estavam muitos dos profetas e dos videntes dos quais lemos que
"foram avisados por Deus num sonho", ou comungaram com seres muito
mais elevados do que eles no alto silêncio da noite.
A maioria da gente culta das raças superiores do mundo tem até certo
ponto atingido este desenvolvimento: isto é, os sentidos dos seus corpos
astrais estão plenamente aptos a funcionar e perfeitamente capazes de receber
impressões de objetos e entidades no seu plano. Mas para que isso lhes sirva de
qualquer cousa aqui no seu corpo físico, são, em geral, precisas duas
condições: primeiro, que o Eu seja acordado para as realidades do plano astral
e levado a sair da crisálida formada pelos seus pensamentos de vigília, de modo
a olhar em seu redor e aprender; e, depois, que a consciência seja retida o
bastante pelo Eu, ao regressar ao seu corpo físico, para que consiga fixar no
seu cérebro físico a memória do que aprendeu ou viu.
Se a primeira destas alterações se produziu, a segunda é de pequena
importância, visto que o Eu, o verdadeiro homem, poderá aproveitar com a
informação que se pode obter nesse plano, mesmo que não tenha a satisfação de
trazer qualquer memória disso para aqui, para a sua vida de vigília.
Os estudantes destes assuntos perguntam muitas vezes como é que esta
faculdade de clarividência primeiro se manifestará neles — como poderão saber
que chegaram ao estádio em que os seus primeiros e pálidos vislumbres começam a
notar-se. Há tanta diferença entre uns casos e outros, que é impossível dar a
esta pergunta uma resposta que seja aplicável a todos.
Alguns
começam, por assim dizer, por um mergulho, e sob qualquer excitação invulgar
tornara-se aptos a ver, por uma vez que seja, qualquer visão notável; e muitas
vezes num caso destes, para que a experiência não se repita, o vidente chega
depois a crer que deve ter sido vítima de uma alucinação. Outros começam por
adquirir uma consciência intermitente das cores brilhantes e das vibrações da
aura humana; outros encontram-se, com uma frequência crescente, vendo e ouvindo
coisas a que são cegos e surdos aqueles que os cercam; outros, ainda, veem
caras, paisagens ou nuvens coloridas pairar-lhes diante dos olhos antes de
adormecer; mas talvez a mais vulgar de todas as experiências é a de aqueles que
começam a recordar com uma nitidez cada vez maior o que viram e ouviram em
outros planos durante o sono “.
Aos leitores mais interessados, a
leitura do citado livro em sua integra é de bom auxilio para um entendimento
mais extenso dessa faculdade. Entretanto, deixo como complemento para esse
assunto, uma técnica de desenvolvimento da Clarividência que tenho feito uso e
com grandes resultados.
A glândula pineal é a principal
responsável pela clarividência. Uma técnica para achar o seu lugar exato por
dentro da boca é o seguinte:
De uma leve tossida com a boca
fechada. Vai sentir uma pequena pressão causada pelo ar um pouco antes das
coanas (abertura nasal posterior. São divididas pelo osso vômer. As coanas
fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe). Nesse exato lugar onde
vai sentir essa pressão, subindo para cima encontra-se a glândula pineal. Essa
pressão se feita constantemente é um método de ativação dessa glândula. Mas não
é esse o exercício proposto, o importante é que memorize esse local.
Deite-se, relaxe seu corpo e sua
mente. Feche os olhos. Depois de alguns momentos, imagine duas alavancas no
centro da raiz do seu nariz. Imagine as alavancas abrindo exatamente nesse
ponto. Abre e fecha, deve sentir esse local se abrindo e fechando. Quando
começar a sentir isso, esqueça as alavancas. Apenas concentre-se nesse fechar e
abrir em seu entre cenho. Deve realmente sentir o abrir e fechar como se fosse
uma rachadura abrindo e fechando. Quando estiver familiarizado com isso, mude
essa sensação de abrir e fechar por uma sensação de pulsação, um pulsar que
expele para fora desse local na raiz do nariz. Pulsando de dentro para fora até
que possa sentir o local realmente pulsando (literalmente a carne pulsar, isso
vai acontecer se fizer tudo certo, talvez não nas primeiras tentativas, mas vai
pulsar). Então deve levar essa pulsação para o fundo, aos poucos vá aprofundando
esse pulsar até que chegue naquele local em que sentiu a pressão do ar. Deve
sentir esse lugar pulsando. Deve fazê-lo pulsar até que sinta a raiz do nariz
dormente. Uma vez ao dia seria o ideal, mas duas ou três vezes por semana é
eficaz.
Muitas vezes, se pensa, de uma forma equivocada, que a faculdade da
clarividência se desenvolve apenas na visão nítida daquilo que esta oculto.
Sim, isso pode acontecer. E não é raro que isso aconteça. Entretanto, existe
outras formas dessa faculdade se manifestar. Ela se desenvolve conforme as
características psíquicas e espirituais da pessoa. Eu por exemplo, não possuo
uma visão nítida do que esta oculto. Isso dentro do contexto literal de ver, de
perceber uma imagem nítida através dos olhos físicos. Minha visão é turva e
embaçada. Mas quando fecho os olhos, ai sim posso ver nitidamente aquilo que
está a minha volta, ver e sentir. Por isso é importante que você observe a si
mesmo, e tente perceber como a clarividência está a se desenvolver em você.
Cada um de nós é diferente do outro e nunca podemos padronizar no que se refere
ao psíquico e espiritual a reação que um determinado exercício pode causar. Um
outro ponto que não pode deixar de ser levado em consideração é sobre a
assinatura energética. Nenhum ser que se manifesta pode em cem por cento
esconder-se. Sempre se há um resquício de sua presença. É esse resquício a sua
assinatura energética. Um ser pode se esconder da visão de um clarividente, mas
não pode de forma alguma esconder-se de sua percepção energética. Portanto, um
exercício de desenvolvimento da clarividência deve sempre ser seguido por um de
percepção energética. E essa pode ser desenvolvida da seguinte forma:
Com o corpo e a mente totalmente relaxados, imagine que do seu plexo
solar desprende uma energia luminosa. Pequenas labaredas de energia que se
juntam formando um círculo a sua volta. Continue imaginando labaredas de
energia desprendendo-se do seu plexo solar e se juntando ao círculo. O círculo
aumentando de densidade, cada vez mais brilhoso e forte. Imagine a energia do
círculo como uma nevoa de energia estática (que não se move) calma e serena
como uma lagoa brilhante. Lentamente torne o círculo dinâmico (de a ele
movimento) como se fosse pequenas ondas que iniciam no seu plexo solar e calmamente
se espalham por toda a extensão do círculo. Conforme leva essas ondas pelo
círculo imagine que este aumenta o seu diâmetro. Essa nevoa brilhante começa a
penetrar em tudo a sua volta, sempre aumentando e expandindo através das ondas
que saem do seu plexo solar. Imagine essa nevoa tomando conta de todo o
ambiente no qual você se encontra, sempre com a intenção de tornar-se
consciente do que está a sua volta. Com a prática esse exercício cria em nós um
formidável sonar astral que nos permite captar assinaturas energéticas dos
seres que estão perto e os descobrir mesmo estando escondidos de nós.
O dia havia sido conturbado. Alguns pacientes da ala psiquiátrica
entraram em surto e vários precisaram serem contidos em seus leitos e medicados
para se acalmarem. A noite apenas três pacientes ainda continuavam contidos em
seus leitos. Apesar das medicações administradas não haviam dado sinais de
melhora até aquele momento. Olhos arregalados, balbuciantes, confusos e
violentos. Era preciso uma constante vigilância sobre eles. Apesar de estarem
bem amarrados conseguiam milagrosamente se soltar das amarras de contenção,
como se uma força oculta os auxiliasse. Não havia percebido nenhum entidade
dentro do quarto, mas aquilo de alguma forma era sobrenatural. Eu estava atento
a eles. De quinze em quinze minutos os visitava, e muitas vezes os encontrava
com uma das mãos soltas a ponto de se soltarem completamente. Amarrava-os das
mais diversas formas e jeitos possíveis e quando os visitava os nós estavam
desfeitos. Por volta de meia noite e meia eu já estava cansado das idas e
vindas constantes e esgotado a minha criatividade na confecção dos nós. Então
uma luz de intuição iluminou a minha mente. Desconfiei que talvez pudessem
estarem sendo manipulados a distância.
Uma entidade pode manipular uma pessoa a distância. Claro que é preciso
haver uma conexão, um elo de ligação entre a entidade e a pessoa manipulada. A
entidade a distância controla a mente, emoções e sentimentos da sua vítima. É
uma forma de possessão. Diferente da possessão propriamente dita em que a
entidade toma conta do corpo de sua vítima e o usa como se fosse seu próprio
corpo físico. Na conexão possessiva apenas a parte psíquica da vítima é
manipulada. É a mente da entidade atuando sobre a mente da vítima. Uma
verdadeira possessão mental. Um fio tênue de energia liga-se a nuca do
paciente. É por esse fio que ocorre a ligação da mente da entidade para a mente
da pessoa manipulada. Ao cortar esse fio, corta-se a ligação. Nesse caso
especifico a entidade fica suscetível e de certa forma vulnerável. Essa
vulnerabilidade se dá justamente por causa desse fio de energia. Por esse fio,
além de cortar a ligação, pode-se também atingir a entidade aonde quer que ela
esteja. O procedimento pode ser feito por qualquer pessoa, desde é claro que
essa tenha uma boa concentração, imaginação e certo domínio energético. Se você
não possui essas qualidades não é aconselhável que realize o procedimento,
pois, como diz um ditado “o feitiço pode se virar contra o feiticeiro”. Esse
procedimento é mantido em segredo tanto pela sua eficácia quanto pelos seus
riscos e, poucos são os que o conhecem. Entretanto, eu os torno público, ensino
aos meus leitores para que tenham conhecimento prático e não apenas informações
superficiais. Saliento que esse procedimento não traz libertação espiritual
para o paciente, apenas desliga ou corta a influência mental da entidade por um
breve período de tempo. Mas tem utilidade como uma ferramenta para o exorcismo.
O procedimento é o que segue:
Imobilize a pessoa e concentre-se no seu entre cenho (raiz do nariz).
Imagine nesse local um pentagrama de luz. Com sua imaginação crie uma espada de
luz em sua mão direita, posicione a ponta da espada bem no centro do pentagrama
e então enfie a espada de luz enquanto diz “SUMMITATE”. Deve proceder como se
estivesse mesmo com uma espada verdadeira em sua mão e enfia-la com
determinação visualizando-a penetrando no centro do pentagrama.
Essa espada de luz literalmente vai atingir a entidade no mesmo lugar
cortando a ligação e sua influência nefasta.
Alguma
coisa estava errada. Podia sentir no ar. Uma vibração estranha
fazia diferente o meu final de semana. Comumente aos sabados após
os afazeres domesticos de praxe saiamos para um pequeno passeio,
compras corriqueiras no supermercado ou uma volta no parque próximo
de casa. Mas naquele sábado um pesado desanimo caia sobre nós como
um manto sufocante deixando-nos abatidos como nunca haviamos
experimentado antes. Com muito custo terminamos o que tinhamos que
fazer de mais urgente e deixamos para o domingo os afazeres menos
essenciais. O tempo arrastava-se dolorosamente lento, parecia exaurir
nossa vitalidade como um vampiro sedento. Minha mulher começou a
sentir nauseas e tontura e tive que leva-la para o quarto. Dei-lhe um
antiemetico e logo ela estava dormindo profundamente. Eu me sentia
cansado, extranhamente exaurido de minhas forças. Analizei
metodicamente a situação e cheguei a conclusão que estava sendo
atacado por forças diabolicas.Eu estava sobre o ataque de forças
negativas em minha própria casa. Isso me deixou um pouco atordoado e
confuso. Por qual motivo isso estaria acontecendo? Não achava uma
razão plausivel que pudesse explicar esse ataque. Alguma coisa eu
devia ter feito para que isso acontecesse. Mas o que seria? Decidido
a buscar uma resposta para essa questão sai do meu corpo em projeção
astral.
Deixei
meu corpo deitado no sofa. No astral, o interior da minha casa estava
tomado por uma especie de nevoa com ranhuras escuras. Andei por todos
os comodos, não percebi a presença de nenhuma entidade dentro da
casa. Sai para fora, e para meu espanto, a poucos metros da porta da
sala estava parado um ser com a aparencia mais bizarra de tudo o que
eu já tinha visto. Ratos amontoados uns sobre os outros, pequenos e
grandes, moldavam um ser grotesco de uns dois metros e meio de
altura. No lugar da cabeça havia um buraco negro rodeado por
centenas de caudas que drapejavam como serpentes e dois olhos bem ao
fundo brilhavam malignamente. Em sua mão direita, se é que se podia
usar esse termo para um amontoado de caudas sinuosas, havia um cetro
ou cajado pelo qual saia uma nevoa escura que entrava por uma das
janelas de casa. Seus pés de igual aparencia pisavam sobre o que
parecia ser um tapete redondo formado por baratas que se
movimentavam freneticamente, ora entrando e se fundindo aos ratos,
ora se desligando e saindo deles. Senti em minha volta a sua energia,
era muito forte e maligna. Era a energia de um demonio, não um
demonio qualquer, pela sua energia era um no minimo de terceira
ordem.
Então
em minha mente escutei a voz gutural daquele ser. Voz forte, potente,
num tom inplacavel e impiedoso.
– Não
lhe foi dito para não se meter naquilo que não te pertence. –
falou ele num tom irritado – Não foi avisado para não se
intrometer.
Entendi
que se referia ao procedimento que havia realizado naqueles pacientes
no dia anterior, quando os desconectei da influencia diabolica.
– Não
me intrometi em nada. Apenas precisava descansar – falei.
– Não
me importa o teu descanso
– Se
não se importa com meu descanso porque eu deveria me importar com
seus negócios – disse em tom firme.
– Como
se atreve – falou ele com tanta raiva que os ratos que formavam seu
corpo começaram a se mexer freneticamente. – Acha que pode comigo
vermezinho.
Senti
ele se voltar contra mim, ergui meu escudo energético mas pouco ou
nada adiantou. Aquela energia parecia querer me esmagar e penetrava
em meu escudo como alfinetes me espetando. Então um feixe de luz cai
sobre a criatura, sinto a energia se afastar de mim, seu corpo se
desmantela, os ratos se dispersam e desaparecem, o demonio se foi.
Olho para cima e vejo a amparadora que havia encontrado em minha
primeira visita astral no hospicio. Ela estava flutuando próximo de
mim e junto com ela cinco orbes muito brilhantes.
Então
escutei sua voz em minha mente.
– Estamos
sempre por perto, mas, apartir de agora deve ficar atento e tomar
certas precauções. Você tem sido muito negligente com sua
segurança.
Aqueles
orbes entraram em minha casa e a purificaram. Após isso foram
embora. Eu voltei para meu corpo fisico. A energia da casa estava
muito agradavel.
A
partir desse dia tomei precauções. Diariamente realizava os
procedimentos necessários para minha segurança. Para informação
dos leitores deixo explicações mais detalhadas, porque creio que
isso é muito importante.
Devo
iniciar com a pergunta. Do que devo ser defendido, e de quem?
Primeiro vamos analisar o que estamos defendendo. Defendemos o nosso
bem-estar e aquilo que nos pertence e o bem-estar daqueles os quais
estamos preocupados, ou sentimos inclinados a ajudar. Agora, o nosso
bem-estar existe em mais de um nível, social, emocional e
intelectual. Agora, como é natural em qualquer espécie, quando o
seu bem-estar está ameaçado, fazemos o que é necessário para
remover a ameaça, de modo a garantir a nossa própria sobrevivência.
Portanto, devemos (por natureza) procurar defender os nossos eus
sociais, físicos, intelectuais e emocionais de quaisquer infrações
sobre eles. Outro lado, se formos atacados, ele será normalmente um
ataque contra a nossa saúde, consistindo em qualquer ou todos os
acima mencionados, em qualquer agrupamento escolhido pelo agressor.
Agora vamos examinar tudo isso à luz da metafísica: O que estamos
defendendo é o que é atacado por forças metafísicas ou meios,
que, quando visto dentro da definição fisiológica de saúde, pode
ser a nossa sanidade, nossa condição física real, a estabilidade e
o funcionamento das nossas emoções, ou a nossa vida social. Assim,
por exemplo, é comum que uma vítima de um ataque metafísico venha
a sofrer de uma doença, a insegurança emocional, paranóia, e
possivelmente até mesmo problemas de diferentes graus em casa,
trabalho, ou qualquer outra função social. Existem três fontes
comuns do que consideramos um ataque metafísico, essas três são
entidades, humanos e energias indesejadas. As entidades são muitas
vezes injustamente acusadas de muitas coisas que não são, que de
fato, são os resultados das ações de energias naturais ou
interação humana. Muito mais comum de todos os "atacantes"
são energias não desejadas.
A
defesa só pode ocorrer após um ataque, e, por natureza, uma
criatura tentará repelir qualquer força que está tentando para o
seu desaparecimento, como Darwin explica mais detalhadamente em seu
livro "A Origem das Espécies." Por outro lado, vemos que
uma existência vai naturalmente tentar remover qualquer coisa dentro
de sua órbita designada de progressão como necessárias não apenas
o aperfeiçoamento, mas a existência, de sua própria vida. Como
exemplo, podemos considerar Hitler, que tinha decidido para o seu
caminho em primeiro lugar o domínio da Europa. No entanto, para a
Europa ser conquistada, todas as forças opostas, ou obstaculos no
caminho teve de ser removido. O processo que ele realizou foi o que
naturalmente deve ser feito por qualquer criatura que acredita que
deve chegar a um determinado ponto final, não importa o quê. Com
essa ideia em mente, passamos a considerar por que deveríamos
defender-nos, que a razão de ser, simplesmente temos o direito de
proteger a nossa própria saúde. Portanto, agora que vemos por que
nos defender, devemos considerar por que precisamos nos defender,
dentro do contexto da metafísica.
Obviamente,
a razão pela qual precisamos de nos defender é que muitas vezes nos
encontramos sob ataque e a defesa é a natural resposta a tal ação.
Mais importante para nós é a razão pela qual somos atacados. Por
que os espíritos nos atacam? Por que magos e videntes usam seus
poderes para prejudicar? Por que algumas energias revelam-se
prejudiciais para nosso próprio bem-estar? Para responder à
primeira pergunta, "por que espíritos atacam": Pode haver
várias razões para um espírito nos atacar, e as únicas maneiras
reais para descobrir por que é analisar a situação à luz de suas
próprias circunstâncias atuais. Os espíritos atacam principalmente
por uma das duas razões:
Primeiro,
que o indivíduo em questão, de alguma forma se apresentou de uma
forma que impede o espírito de realizar suas ações naturais. Com
medo das consequências se suas ações não são realizadas
corretamente, o espírito vai tentar remover a variável adversária.
Para isso, é importante lembrar que por "remover a variável de
oposição:" Eu não estou insinuando que o espírito vai tentar
destruí-lo se considerar você como uma variável que deve ser
removida, mas que ele deve tentar removê-lo a partir da posição
atual em que estiver (seja fisicamente, na vida, nos estudos, nos
relacionamentos, em seu caminho de magia, etc).
Segundo,
um espírito pode atacá-lo, porque você tem tomado uma aliança
contra ele. Neste caso, é necessário primeiro que a entidade em
questão seja complexa ou inteligente o suficiente para processar os
seus próprios pensamentos, e é aí que existe não só como uma
matriz de ações e reações, mas sim como uma inteligência real
tecida em conjunto por uma complexidade de energias e pensamentos.
Por exemplo, alguns demônios são relativamente poucos inteligentes,
capazes de oferecer apenas certas respostas a gestos que seus
processos naturais podem identificar. Por quê? Porque eles foram
criados unicamente pelas conjunções naturais de energias
semelhantes ao longo do tempo, o que pode ou não pode ter incluído
a tecelagem de padrões de pensamento e progressões. No entanto, no
caso de o que é chamado hermeticamente um demônio, ou seja, um anjo
caído, é muitas vezes um ser extremamente inteligente, capaz de
tomar suas próprias decisões sobre determinados cursos de ações.
Nesse sentido, uma conversa com um demônio elemental inferior é
como falar com um robô com apenas um pequeno conjunto de reações
programadas, enquanto que falar com demônios e anjos pode ser tão
produtivo como falar com o seu professor de filosofia sobre as obras
de Santo Agostinho. Há certas complexidades existentes quanto à
gama de inteligência dentro de tais entidades "altas", mas
que não está dentro do escopo. Usamos aqui os exemplos de anjos e
demônios, porque isso é geralmente o caso quando atacados por um
entidade. Se você tiver tomado a sua bandeira em oposição à
decisão dos Reinos do Céu, então os reis individuais nele deve
tentar eliminá-lo ou tornar-lo inoperante, como qualquer reino tenta
eliminar uma nação adversária e todos os seus membros. Por outro
lado, se você tiver do lado dos anjos e os Reinos do Céu, os
demônios (com seus demônios sob seu comando) devem fazer de tudo
para tornar a sua vida um inferno. A dinâmica da política astral
são menos agradáveis do que a política do mundo, e os mesmos
sistemas que existem aqui no que diz respeito a dificuldades
políticas muitas vezes refletem a existência em outros mundos. Por
tais razões, pode-se aqui ter uma ideia das dificuldades da vida
satânica, enquanto também se ouvirá de sacerdotes reunidos
extremidades intempestivas. É essencial a existência de oposição,
é por ela que temos a preferencia subjetiva.
Um
outro tipo de ataque é por parte de entidades que necessitam de
energia para se sustentar. A magia teorica sugere que entidades de
uma determinada ordem pode sustentar-se dos fluxos naturais, para não
serem obrigados a buscar o sustento nos seres humanos. Afinal, não
devemos supor que a energia dos seres vivos está dentro de sua
totalidade da força de sustentação de todas as entidades, e assim
vemos que deve haver métodos pré-existentes e individuais de
subsistência (por exemplo, os anjos se sustentam com a luz que emana
de Deus, ao passo que os anjos caídos se sustentam pelos pecados dos
homens. No entanto, nem todas as entidades pertencem a essa classe, e
é aí que não estão naturalmente ligadas a correntes de energia
específicas. Quando isso acontece, você tem o que é chamado de uma
entidade vampírica, que devem se alimentar de outro ser para que
possam sustentar a sua própria energia, sendo incapaz de adquirir
naturalmente a sua própria, e em alguns casos existe uma predileção.
Porque os seres humanos são uma entidade, e tais espíritos muitas
vezes são oriundos dos pensamentos da humanidade, de qualquer
maneira, nós nos tornamos um alvo ideal para tais espíritos
vampíricos. No entanto, estas entidades não são tão comuns quanto
se acredita ser. Almas humans perdidas podem na maioria das vezes
serem os vampiros de verdade.
Então,
passamos para o segunda questão. "Por que magos e videntes usam
seus poderes para o mal?" A resposta é relativamente simples.
Algumas pessoas sentem que é necessário prejudicar os outros, a fim
de satisfazer seus próprios fetiches doentios. Não vou explorar a
"psicologia do assassino", como ele próprio é muito
amplo. Normalmente, no entanto, vamos descobrir que, mesmo um ser
humano vai se comportar de acordo com as regras gerais de ação e
reação.
Agora
vamos passar para outro aspecto do ataque humano, que é o aspecto de
ataques de uma alma humana sem corpo. Essencialmente, eu estaria
falando de fantasmas, espectros, etc, que são identificados como os
"perdidos" almas dos seres humanos falecidos. Ironicamente,
eles geralmente não são perdidos em tudo, sendo bastante cientes de
suas disposições e localizações atuais, e é aí que agem de
acordo com um plano elaborado após a realização de tal. A esta
luz, vamos examinar por que a alma humana errante pode atacar um
indivíduo vivo. Comumente, um "fantasma", como vamos
chamar essas almas por uma questão de simplicidade, vai atacá-lo
para uma ou mais razões.
Primeiro,
que o indivíduo em questão era simplesmente abusivo e violento na
vida, e é assim que deve agir em conformidade com a morte.
Em
segundo lugar, que o indivíduo em questão pode ter um rancor contra
você, que foi forte o suficiente para impedi-lo de subir a um nível
de existência em que ele não poderia fazer nenhum mal, preferindo
ficar mais perto do mundo físico até que ele considere sua tarefa
completa. Este é um exemplo do realista "negócios inacabados".
Terceiro,
que alguns tem uma forte dependencia espiritual causadas consciente
ou inconsciente por você e este ser atraído para você após a sua
morte física, mesmo que apenas por uma sensação de conforto e
conclusão. Neste caso, o próprio fantasma geralmente não por sua
vontade vai trazer prejuízos para você, embora a sua presença (uma
assombração) pode lentamente destruir a sua mente atraves da
paranóia assumida e alucinação.
Em
quarto lugar, se o indivíduo em questão era um ocultista com um
medo particular da morte (geralmente causada por uma percepção de
que ocorre no instante em que a alma deixa permanentemente seu corpo,
onde muitas verdades são reveladas dos equívocos realizados, e onde
a alma teme as conseqüências que agora deve sofrer por suas ações
na terra). Nesse caso, o indivíduo vai tentar escapar do que é
conhecido como a segunda morte, no qual deve sair completamente de
todos os níveis de existência deste reino, e vá para o seu nível
adequado de existência em outro lugar. Os cristãos vêem isso como
O julgamento, em oposição à segunda morte. Aqui existe um problema
para o indivíduo, porque a parte etérica já deixou o navio humano,
não tem fonte de energia, também não sendo parte de qualquer ordem
de fornecimento devido à sua rebeldia da segunda morte. Como
resultado, a alma irá, naturalmente, ter que procurar por si mesma
variando novas fontes de energia, a fim de evitar o esgotamento e o
fim de sua existência como um todo. Mais uma vez, por causa da
proximidade desta alma que partiu do nosso nível de existência, o
navio humano das pessoas que vivem torna-se uma fonte de alimento
ideal.
Agora,
para abordar a terceira questão: "Por que algumas energias
revelam-se prejudiciais para o nosso próprio bem-estar? "A
resposta a esta questão existe dentro da própria natureza da
energia, e se ela tem invadido você, ou você a invadiu. A dinâmica
de energias invasoras talvez seja a causa mais comumente
negligenciada de muitos "ataques metafísicos" é o
desequilíbrio das energias que são naturais para nós ou para o
meio ambiente. Que nem todas as coisas são tolerantes é de
conhecimento comum, como podemos ver onde os produtos químicos irão
se opor uns aos outros de tal forma a provocar reações ácidas, ou
como nosso corpo vai naturalmente repelir substâncias estranhas
injetadas nele. Desta forma, o nosso corpo etéreo deve repelir
naturalmente presentes energias estranhas que não são compatíveis
com a sua própria. Agora, para dar um exemplo dos efeitos que essas
energias podem ter sobre as pessoas, vou usar um querido amigo meu
que é um exorcista e, como é natural para ele, vai gastar pelo
menos cinco minutos para banir as energias e para a vedação das
entradas de todo o quarto em que ele vai dormir. Eu fiquei cinco
noites com ele e sua esposa juntamente com outras pessoas. Devido à
lotação dos quartos de dormir, ele não estava em condições de
realizar seus habituais banimentos ou selos no quarto que partilhava
com as outras pessoas (como eles teriam pensado sem dúvida, que ele
seria um maluco). Como resultado, ele acordou sentindo tonto,
cansado, e com uma dor de cabeça nas três primeiras manhãs de
hospedaram lá, e com as duas ultimas manhãs sentindo-se bem melhor.
O raciocínio para isso foi porque a sua parte etérica, e até mesmo
seu corpo físico, não foi usado para a transmutação de energias
cruas, elementares, ou mesmo negativas no quarto que ele dormia. Como
resultado, suas próprias energias, naturalmente reagiu a elas de uma
forma defensiva negativa. Ele naturalmente assumiu o raciocínio que
por trás deste mal estar havia algum ataque demoníaco, como era de
sua natureza (sendo um exorcista). No entanto, ao explicar-lhe a
dinâmica do acima mencionado, fazia mais sentido e ele lembrou que
as duas últimas manhãs ele acordou muito bem. O motivo? Ele não
tinha se adaptado à presença dessas energias, e suas próprias
energias haviam naturalmente repelido-as de forma tão violenta.
Seu
erro foi uma presunção muito comum por parte dos magos
inexperientes, que talvez ele estivesse sendo atacado por uma
entidade espiritual. Agora, por definição, ele de fato estava sob
ataque, como é mostrado no conflito entre as próprias energias e as
energias acumuladas naturais do quarto que ele estava dormindo. No
entanto, a causa do ataque foi uma incompatibilidade natural, não um
ataque decidido. Ambas as energias, o dele e o do quarto naturalmente
caiu em oposição, resultando em um processo semelhante ao inchaço
quando o veneno entra na sua pele. Inchaço é a defesa natural do
corpo para se concentrar e combater os venenos, embora o processo em
si ainda é doloroso. O fato de que esta variável é comum em
letargia metafísica é tão comumente negligenciada que muitas vezes
resulta em que a vítima chega a conclusão que é um ataque
espiritual.
O
que acabou de acontecer? Paranóia. Com demasiada frequência, um
jovem mago vai ser vítima de energias opostas naturais, e ao
examinar os efeitos (em oposição às possíveis causas) decide que
elas tem semelhança aos efeitos de um ataque desenvolvido. O
indivíduo passa então a conceituar um cenário todo de ocorrências
fantásticas, em que uma entidade particular "demoníaca"
foi animada por alguma ação que o mágico fez em algum momento
anterior no tempo, que levou a este demônio caça-lo, e agora
encontrá-lo (para dar um exemplo). Porque essa idéia é aplicada
dentro de sua mente, as energias de sua casa mesmo começam a se
formar de acordo com a externalização de suas fantasias. Se o
indivíduo em questão tem alguma habilidade em ver as energias, o
que ele acaba vendo? Uma entidade que não é senão a manifestação
etérea de seus pensamentos, tal como apresentado pelo éter
refletor. Simplesmente paranóia, ao contrário de racionalização.
Às vezes, o problema é ainda mais alargado, como em uma situação
recente que me foi apresentado para avaliação, no qual a vítima
sofria de exposição contínua a energias degradantes e entrópicas
que causou um declínio na saúde natural da pessoa em questão (por
sua vez, causando stresse, por sua vez, causando uma queda adicional
de saúde). Essa pessoa em particular decidiu que a fonte do problema
era oculto na natureza (que tecnicamente era, embora dentro de si uma
operação natural), e porque ele não conseguiu identificar nenhuma
entidade ou conexão com a sua situação atual (como foi correta,
pois não havia um), começou a refletir sobre quem poderia ter feito
essa injustiça com ele. Em sua mente, ele classificava através das
características de vários indivíduos que não gostava, e que
tambem não gostavam dele, e finalmente desembarcou em um determinado
indivíduo que parecia não só frio o suficiente para fazer isso com
ele, mas que ele acreditava faltou a ética de saber que atacar
aleatoriamente alguém estava errado. Agora foi a "vítima"
errada em sua presunção de que esta pessoa particular era seu
agressor? Isso mesmo, mas ele não considerou a possibilidade de que
energias coletadas em sua casa poderiam ser a causa. O resultado foi
uma grande explosão de argumentos. Felizmente, o conflito se
resolveu com o tempo. Isso, meus amigos, foi um exemplo das fantasias
que a mente pode produzir em um estado de paranóia causada por
coisas muito naturais como neste caso, onde não só as energias
coletadas, mas um monte de stresse na vida recente, foi a causa.
Então, como vamos nos livrar dessas energias? É bastante simples,
sendo que estas energias livres em questão são subjetivas à
vontade de um ser superior de pensamento por natureza. Aí, tudo o
que realmente tem que se fazer é focar na idéia de seu quarto,
casa, etc, sendo "purgado" dessas energias negativas,
talvez apoiado por algumas visualizações (como visualizar a energia
como uma névoa que está sendo soprada para fora da quarto).
Qualquer que seja a visualização que você escolher depende de
você, desde que significa o ato de empurrar essas energias
indesejadas manualmente para fora da sala. Uma vez feito isso, os
selos podem ser configurados nas entradas para o local em questão
através de colocar uma construção psíquica. Ambos os aspectos
devem ser discutido mais longamente, fornecendo uma explicação de
como criar uma construção para este fim.
As
diferenças de ataques por parte de entidades e pelos seres humanos.
Vamos
primeiro considerar como podemos identificar que a fonte de um ataque
é uma entidade. Normalmente, um verdadeiro ataque à escala de uma
entidade decente vai se manifestar em uma ou mais das seguintes
características:
1.)
Ao consultar algum tipo de oráculo, como um pêndulo, a leitura deve
sair positivo que uma entidade está no seu espaço doméstico.
Especificamente, uma entidade hostil. A razão de eu dizer ao
consultar um oráculo, ao contrário de olhar com os olhos da mente,
é porque os reflexos do olho da mente são muito facilmente
influenciado pelos viés predispostos da situação.
2.)
Pesadelos vão começar a pertubar seu sono, uma série de má sorte,
acontecimentos estranhos, ou um declínio na saúde, muitas vezes com
uma figura sombria que aparecem nos sonhos.
3.)
Alguns efeitos físicos deverão manifestar devido à presença de
uma entidade real na sua totalidade (como no caso de um intruso
humano, apenas as energias são projetados). Exemplos são o choque
de pratos, quebra de vidro, a aparência de marcas estranhas sobre a
pele, ou o resíduo físico do ectoplasma da entidade (uma pelicula
fina de lodo num quarto em especial, a partir da qual deriva más
vibrações). Desses, o último é pensado para ser um sinal
infalível de que uma assombração está em vigor.
4.)
A potência da força de vida dentro da vítima deve diminuir devido
a golpes contra sua parte etérica.
5).
Acompanhando o já mencionados efeitos terão ainda uma sensação de
deslocamento no sentido de que quando você chegar a tocar alguma
coisa, não vai sentir como sendo seu braço real. Para aprofundar,
você pode estar andando por uma calçada, mas constantemente se
sentir fora de equilíbrio, porque não parece que seus pés estão
realmente onde eles estão. Se todos os quatro acima mencionado estão
presentes, em seguida, de acordo com estudos parapsicológicos neste
campo, pode-se ter certeza de que uma entidade é a origem do ataque.
Vamos
agora examinar algumas características de um ataque metafísico
humano:
1.)
Após a introspecção, deve encontrar uma ligação que foi
estabelecida por um terceiro à sua mente ou o corpo etéreo.
2)
Pensamentos aleatórios deverão manifestar dentro da mente da vítima
do tipo que não são naturais para ele, devido a uma ressonância da
mente de seu atacante(s).
3.)
As pessoas que são amigos particularmente próximo da família
imediata vão comentar que o indivíduo em questão "parece"
diferente de alguma forma. A causa disso é a dissociação do duplo
etérico, lutando, assim, pela individualidade característica da
vítima. Ataque ao duplo etérico é uma das primeiras manobras
ofensivas feitas pelo mago.
4.)
Não haverá, ao longo do tempo, um sentimento de superação de
letargia, espiritual, emocional e física, por parte da vítima.
Passar mais horas acordado vão se tornar cada vez mais recorrentes.
Isto é particularmente verdadeiro no vampirismo psíquico. Deve ser
evidente que este sentimento acompanha a maioria dos ataques
metafísicas reais.
5.)
Você vai ser capaz de identificar um motivo, e um atacante suspeito,
na avaliação de certas coisas em sua vida. O raciocínio para isso
é que, para que um ataque particularmente bem sucedido possa ser
lançado, o atacante deve conhecer sua vítima, até certo ponto e
consequentemente, a vítima geralmente tem conhecimento do atacante,
mesmo que apenas através da internet. Enquanto alguns espíritos
atacam fora da natureza, não é a natureza de um ser humano ser
agressivo com outros seres humanos (veja a Psicologia Humanista de
Maslow).
6.)
A pressão na cavidade torácica. As razões para isso são, em
última análise presença inexplicável, embora alguns teorizam que
ela seja causada por uma concentração de ectoplasma entre o duplo
etéreo e corpo físico. Uma vez mais, se dois ou mais dessas
características podem ser encontradas, então há uma chance de que
o ataque é de uma natureza humana. Outra característica que
menciono é que, muitas vezes verdadeiros ataques humanos são muito
mais selvagem do de qualquer ataque por uma entidade, devido à
incapacidade do atacante para controlar sua própria raiva e ódio
por sua vítima.
Todos
nos podemos passar por problemas de saude, uma situação financeira
ruim ou problemas de relacionamento. Relacionar esses problemas como
causa de um ataque é uma coisa muito comum, e não percebemos que as
causas podem muito bem serem naturais. A proclamação ocasional que
a origem dos problemas de um indivíduo são metafísico em sua
natureza é muitas vezes nada mais do que uma fantasia induzida pela
necessidade da mente de algo para culpar diferente de si mesmo. Há
certas coisas a considerar antes de decidir que você está sob um
ataque metafísico. Antes de chegar a qualquer conclusão em sua
mente, você deve primeiro avaliar várias coisas: "Eu sou a
causa?"
Pense
em sua saúde atual, por exemplo. Como você está comendo? Em sua
alimentação você tem um fornecimento diario de nutrientes, faz
exercicios? Se a resposta é "não", então talvez você
deve corrigir sua dieta antes de decidir que você está sob ataque,
e ver se ele resolve o problema. Em outro aspecto, vamos dizer que um
relacionamento está caindo aos pedaços. Muitas vezes as pessoas têm
dificuldade em lidar com a idéia de que, talvez, eles fizeram algo
terrivelmente errado na relação, seja atualmente ou no passado, que
levou inevitavelmente a sua morte. Considere as suas ações à luz
dos problemas atuais que seu relacionamento está tendo, e talvez até
mesmo pedir a opinião de um observador fora da relação (como um
amigo em comum), para que você possa dai tirar conclusões. O mesmo
vale para problemas de negócios.
"Eu
estou muito stressado" Um fator de alto escalão na degradação
lenta da vida inteira de uma pessoa é um nível alto de stress
pessoal coletadas ao longo do tempo. O stress pode ser uma variável
muito prejudicial, levando a uma diminuição na saúde, falta de
temperamento, visões pessimistas sobre a vida, e um sentimento de
querer desistir. No entanto, mais uma vez, em vez de a mente perceber
que talvez seja a causa de seus próprios problemas, deve muitas
vezes tentam racionalizar de uma forma que vai colocar a culpa em
alguém ou algo mais. Às vezes, essa coisa é um parceiro, trabalho,
escola, etc. Se você acredita estar sob ataque, talvez você deve
ter um ou dois dias de folga. Se possível, tire uma folga para você,
e vá gastar um pouco de tempo apenas relaxando e fazendo as coisas
que você gosta de fazer. Examine seus problemas atuais sobre o
alívio do stress. "Eu tenho uma razão para pensar que estou
sob ataque?" Seja honesto com você mesmo. Se você é um novo
mago entrando em cena, esta com uma energia que não vai ter efeitos
sobre os níveis astrais da existência, é muito improvável uma
entidade identificá-lo como uma ameaça imediata. Da mesma forma, se
você principalmente manter-se no seu próprio negócio, é pouco
provável que você se envolva nos assuntos de um feiticeiro, e não
mereça um ataque a esse nível. Todas as considerações acima devem
ser consideradas antes de qualquer das características mencionadas
anteriormente sejam avaliadas. Imploro que seja completamente honesto
com você mesmo, talvez tentar procurar um amigo que lhe de um
parecer que você saiba que vai ser direto e honesto, sem
revestimento de açúcar. Tais amigos como esses são difíceis de
encontrar, mas muito bom ter em situações onde você realmente
precisa para avaliar certas coisas em sua vida.
Diferentes
maneiras pode encontrar-se sendo atacado. Embora em última análise,
não há restrições, em alvos potenciais, no campo da guerra mágica
que se caracteriza pela natureza muito sublime dos poderes da magia,
existem certas metas que eu encontrei em particulares mágicos ao
escolher como atacar uma vítima. Nós já discutimos, até certo
ponto, que a saúde, relacionamentos, vida empresarial, e sanidade
mental, são algumas das coisas que muitas vezes são atacadas,
especialmente os dois primeiros, como eles podem afetar os aspectos
sociais, físicos, mentais e emocionais de um indivíduo todos ao
mesmo tempo. O que vamos considerar aqui, no entanto, são os mais
extremos, mas precisamente escolhidos meios de ataque que eu separei
para ser considerado pelo mais poderoso dos magos, e são,
consequentemente, bastante letal em sua retribuição:
Tempo:
Um ângulo comum de ataque é a manipulação dos padrões climáticos
para criar tempestades hostis sobre a área do alvo em questão.
Embora geralmente isto não se estenda mais do que a chuva grossa,
um chuveiro razoavelmente constante de um relâmpago, e as quedas de
energia resultantes, já vi esse tipo de ataque ampliado a ponto de
granizo em várias ocasiões, e em duas ocasiões, mesmo empurrado
para o desenvolvimento de tempestades poderosas dentro de um raio de
um quilometro da residência do alvo.
Complicações
Veicular: O alcance desta existe dentro de tudo, desde dificuldades
de carros que forçam uma pessoa a ser atrasado por horas, para
acidentes de avião. Embora eu, pessoalmente, nunca ouvi falar deste
último a ser executado de forma eficiente (apesar de eu ter
conhecido magos que tentaram), eu descobri que os acidentes de
automóveis são um bom meio comum de ataque, especialmente se o
objetivo do mago, seja para ferir gravemente ou matar a vítima. Para
promover a eficiência deste meio, o mago tem a seu lado um número
particularmente grande de variáveis hostis a trabalhar para seus
fins, sendo que as viagens de automóvel em si tem muitos perigos
inerentes que podem ser facilmente explorados.
Assalto:
Refere-se especificamente a ser atacado por um ou mais indivíduos
por nenhuma razão aparente. Se este é o meio de ataque, então é
provável que o objetivo do mago não era letal ou mortal, mas
simplesmente degradar e causar algum grau de lesão, muitas vezes, em
retribuição por algum dano que a vítima causou ao mágico
anteriormente.
Assombrações:
Um ângulo comum de ataque para o feiticeiro que não deseja qualquer
dano físico em cima de sua vítima, mas ainda acredita que um grau
de sofrimento é devido. Neste caso, com a operação em si que está
sendo trabalhada na maioria das vezes pelo convocador, um número
variável de espíritos são ordenados a habitar uma determinada
casa, muitas vezes causando um nível de perda de sono e paranóia
dentro da vítima.
Pesadelos:
Uma maneira comum de atacar a estabilidade mental de uma pessoa é
através da imposição de pesadelos, que é por si só uma versão
muito comum de ataque psíquico, bem como, e muitas vezes
característica de ataque a partir de uma entidade. Naturalmente, se
você tem um pesadelo, você não deve pensar muito nisso. No
entanto, se você está tendo pesadelos de quatro ou cinco noites
repetidas, então talvez (mediante avaliação de possíveis causas
naturais em primeiro lugar) você deve considerar se você está ou
não sob ataque metafísico.
Incêndios
- Não, isso não é referindo-se a um mágico elemental concentrar a
energia do fogo que acende um fogo. Em vez disso, o mago explora
certas variáveis da vida cotidiana dentro da vida de seu alvo, que,
quando empilhada corretamente pode criar a equação adequada, e
consequentemente, levar a um acidente que irá provocar um incêndio.
Eu só tenho testemunhado este feito uma vez, em que um indivíduo
particularmente detestável que, por sua própria natureza, irritou
um feiticeiro comparativamente menos tolerante. Para cessar a sua
presença irritante, ele resolveu colocar em movimento (via magia)
uma série de pequenos eventos que levariam à pessoa acidentalmente
derrubando uma vela em cima de uma poça derramada simultaneamente de
vinho no tapete. Toda a casa (não sendo grande) foi queimada até o
chão, e a vítima foi forçada a se mudar (ele era vizinho de
feiticeiro).
Agora,
pode parecer fácil o suficiente lidar com pesadelos e assombrações,
que por natureza existem em um nível facilmente influenciado que
pode ser trabalhado para o seu benefício através de magia. Os
blocos podem ser configurados para evitar os espíritos errantes, e
comandos sobre o sonho lúcido possam parar pesadelos descontrolados.
Mas o que essas outras dificuldades cujos efeitos se manifestam no
nosso mundo físico através de um meio direto (como um acidente de
carro)? Felizmente, eles podem ser impedidos de maneiras semelhantes
como o já mencionado, devido ao fato de que suas ações originárias
estão enraizados em mudanças de energia estabelecidos no plano
astral. Consequentemente, colocando defesas etéreas em vários
lugares pode evitar esses pensamentos e energias que emitem a partir
do mago que ataca a se manifestar em nosso mundo físico de forma
hostil. Se o mago for forte o suficiente, e a vítima estiver
suficientemente desprotegida (e, consequentemente, despreparada),
qualquer um pode ser jogado como um fantoche nessa produção teatral
que chamamos vida. O truque é não deixar que o marionetista
aspirante o amarre em suas cordas.
Medidas
que podem ser tomadas para evitar ataques metafísicas
Há
certas precauções que se pode tomar, de modo a diminuir a chance de
ser vítima de um ataque metafísico.
Fique
fora do ocultismo. Isso é correto. Se você é honesto morrendo de
medo de estar na recepção de um ataque metafísico, meu conselho
para você é não "envolver nos assuntos de mágicos", se
é que posso usar essa frase antiga. Ao entrar neste caminho, você
coloca o pé no reino dos espíritos e feiticeiros .... e
provavelmente eles vão notar. No entanto, se você é aquele que ira
suportar as dificuldades deste caminho, sejam elas naturais (como há
algumas dificuldades inerentes) ou infligida a você, então eu digo
que fica ao seu gosto e tomar os frutos da árvore da sabedoria que
deve satisfazer a sua fome por uma eternidade.
-Não
suscitar qualquer coisa que você não pode enviar de volta. Essa
regra é simples e universal o suficiente para entender. Não reunir
energias que podem destruir a menos que você possa proteger-se
delas.
-Não
invocar espíritos que pode colocar-se em posição de prejudicá-lo
mais fácil do que você pode colocar-se em posição de ligá-los.
Para resumir esta regra em um axioma moderno: Não morder mais do que
você pode mastigar. Os Grimorios de magos não são para as crianças
brincar, nem são as complexidades dos éteres.
-
Não mexer com magia negra. A primeira vez que você ler uma frase
sobre o poder da magia negra, e isso agradar a você, você acabou de
chamar a atenção de um demônio. Por outro lado, a primeira vez que
você ler um escrito Enochian e seus princípios apelar para você,
você ganha o olhar de um anjo. No entanto, os anjos, que você deve
encontrar são muito mais amigável do que os demônios, e seu olhar
não é tão abrasador.
-
Não se envolver nos assuntos dos feiticeiros", como diz o velho
ditado. Se você ainda deseja estudar o ocultismo, então, pelo
menos, ter bom senso suficiente para saber que invocando a ira de um
mago não é a idéia mais inteligente que alguém já teve. Fique
com seus estudos, e que outros mágicos fiquem com o deles. Atacando
magos está pedindo para eles e para os seus colegas oferecer um
contra-ataque imediato.
-
Fique fora da política astrais. No sentido oculto, política astral
é definido como as ações dos governos existentes dentro dos reinos
mais elevados, e o status das hierarquias nele. O dia que você pisar
na política astral, conversando com imperadores e reis de outros
mundos, etc, provavelmente também sera o dia que você é, pela
primeira vez, forçado a defender-se contra ataques metafísicos.
Espíritos podem optar por trazer para seus negócios (que, após a
sua passagem deste mundo podem se tornar seus assuntos), mas não se
deve buscar e se envolver onde não queria.
-
Mantenha a sua força sobre você. Se você não estiver forte,
tornar-se assim. Uma das melhores maneiras de evitar ser atacado é
evitar a aparência de uma vítima fácil. Agora, ter em mente que o
atacante espiritual não avalia suas potenciais vítimas através da
análise de seu tamanho, massa muscular, etc O atacante espiritual
penetra as características físicas e avalia a ira potencial que a
nossa pele humana esconde do olho destreinado. Força não significa,
no entanto, o poder de destruir o que vem em seu caminho, pois há
muitas concepções de pessoas "poderosas". Um senhor da
guerra, tradicionalmente, não era um excelente lutador, mas é o seu
intelecto aguçado que o faz um poderoso adversário no campo de
batalha e finalmente mais temido do que o general do exército
inimigo. Para se concentrar mais na primeira parte desta sugestão,
depois de ter começado a estudar e praticar as artes ocultas, você
deve ter em mente que você pisou em terreno instável. Mantenha o
seu juízo sobre você, não permitindo-se a sucumbir à paranóia ou
letargia espiritual, e vai ser menos propenso a convidar ataques.
-
Banir e criar vedação quando estiver dormindo. Enquanto dormindo,
você está muito vulnerável. É o meu conselho que em qualquer sala
que você encontrar-se dormindo, mesmo se não for na sua casa, você
deve fazer um esforço para banir as energias do ambiente, seguido da
vedação nas entradas para evitar interferências energéticas
durante a noite.
Prática
- manter um escudo ao redor de você diariamente. Esta é uma prática
que não só vai fazer a criação de uma construção mais
eficiente, mas que deve também torná-lo menos provável de ser
vítima de ataques etéreos que não são potentes o suficiente para
derrubar sua blindagem. Apesar de que manter um escudo sobre você
não deve evitar que outras partes de sua vida sejam afetadas, vai
evitar os efeitos da magia contagiosa de atacá-lo diretamente.
Posteriormente, isso também vai ajudar a defendê-lo de ataques
contra características imediatas de seu ser, como a saúde física
ou mental. Oração constantes e permanecer forte em sua fé. O poder
da fé espiritual e o seu fundamento foi provado uma e outra vez. Em
muitos casos de ataques violento por parte de uma entidade, tem sido
documentado que, se a vítima repetir mais e mais para si mesmo o
nome de sua divindade, ou escritura, Provérbios, canções
tradicionais de sua religião, o ataque lentamente começa a
dissipar-se após a quarta ou a quinta repetição. Também foi
demonstrado que os espíritos que são forçados para longe desta
maneira nunca mais voltam para continuar seu ataque.
Métodos
de Defesa
Agora
que nós cobrimos adequadamente os aspectos de ataques metafísicos
relevantes podemos passar para os meios reais pelos quais a defesa
pode ser empregadas.
Banindo
as energias de um quarto.
Parece
apropriado começar com uma técnica baseada em energia fundamental
para banir energias, uma vez que por sua vez pode ser empregada para
complementar as técnicas mais ritualísticas, e é de si um simples
meio para um fim eficaz. Estar no centro (de preferência) da sala
que deseja banir as energias, e virado para a saída principal da
sala. Circule as energias de todo o seu ser, continue circulando-as a
sua volta e sempre emitindo mais energia do que anteriormente e
permitindo que as energias latentes não necessários para o seu
sustento físico normal despertem e comecem a circular também.
Visualizando comece a deixar as suas energias pessoais se espalhando
para fora de sua aura, empurrando para fora todas as energias que não
são intrinsecamente suas. Veja esta energia como uma neblina
(tradicionalmente uma de ouro) enchendo a sala, uma vez que obriga e
empurra as energias indesejadas na direção da saída principal.
Depois de alguns minutos, a sala deve ser suficientemente preenchida,
sem nenhum traço real de qualquer energia indesejada que seus
sentidos possa captar. Se você está qualificado para qualquer grau
notável em elementalismo, você também pode optar por usar a força
elemental que você mais se identifica para encher a sala, portanto,
não consumindo o sua própria.
Selando
uma sala
Normalmente
não é o suficiente simplesmente ter banido as energias de um
quarto, a razão é que, ao ser empurrada para fora, não há nada
para impedi-las de entrar novamente, a menos que você mantenha
sempre suas energias enchendo a sala (que acabará por tomar um
pedágio de tensão em sua mente). Para continuar com o exercício
anterior, caminhe até a saída que você acabou forçado as energias
para fora deve estender a sua mão dominante com a palma virada para
fora, de forma paralela à porta. Tendo-se a este ponto a
visualização de suas energias pessoais enchendo a sala, estendendo
a sua energia interna, para fora do centro de energia para o braço e
saindo pela palma da mão, como córregos para fora, para o ponto no
centro da porta. Quando se chega a esse ponto, temos a parada de
energia e reunimos nesse ponto o acumulo da energia, e essa se
espalhando lentamente a partir do centro da porta para fora, até que
tenha conectado e preenchido todos os quatro cantos da saída. Neste
ponto, você deve ter essencialmente criado uma "porta" de
energia na saída. Embora mantendo a visualização de suas energias
pessoais enchendo a sala, siga para a próxima entrada ou saída da
sala, fazendo o mesmo procedimento. Depois de ter coberto as entradas
e saídas reais, proceder a quaisquer janelas na sala, mais uma vez
fazendo o mesmo procedimento. A eficácia deste exercício é
limitado apenas à sua habilidade individual para a criação de
construção, programação e sustento. Eu aconselho a fazer isso
pelo menos uma vez por semana, se você acredita-se ser uma vítima
em potencial de ataque. Se você esta imediatamente sob ataque, então
fazê-lo imediatamente, e todos os dias até que os problemas cessam.
Porque criar construções com apenas as portas e janelas? A razão
pela qual, existe no simbolismo, que é o mundo do pensamento. O ato
de selar uma porta envia a emanação simbólica de "não
entrada." É este pensamento que conta mais no campo da energia
e é mais do que quaisquer símbolos que você possa decidir usar, e
é tão importante quanto a própria energia que você colocou no
lugar. Da mesma forma, vedar as janelas mostra que não somente você
deseja que as forças indesejáveis não entrem no seu dominio, mas
que você também não quer ser observável por qualquer coisa fora
do referido domínio. A emanação simbólica de vedação da porta é
"você não pode entrar", enquanto o acompanhamento de
vedação das janelas é "e nem quero que me observe."
Repetindo a frase apropriada ao selar o item também podem ajudar a
impor o simbolismo dentro do seu subconsciente.
Bênção
da água
Agua
Santíssima é um forma de defesa metafísica encontrada dentro de
quase qualquer tradição, cultura ou religião em que o tema da
defesa espiritual é coberto. Por que isso? Muitas tradições veem a
água como símbolo do poder inato. De fato, tem havido estudos de
parapsicologia feito o que sugeriria que na água, de fato, possui
certos poderes inerentes mais significativos do que as de seus irmãos
elementais, se não, pelo menos, um condutor extremamente eficiente
de energias psíquicas que se pode colocar dentro dela. Seu uso em
tantas culturas para a bênção, unção, banindo e limpeza
sugeriria que muitos pais religiosos souberam o valor da água. Tendo
tomado um copo (preferível, mas não necessário) recipiente, frasco
do seu gosto que pode ser selado por meio de uma tampa, encher o
recipiente com água limpa. Despeje a água no recipiente, e estender
a sua mão dominante sobre ela. Deixe suas energias pessoais entrarem
na água, enchendo-a, e aí empurrando para fora todas as
correspondências indesejadas e impurezas em um nível intelectual e
celestial. Quando isso tiver sido concluído, enviar sua energia
pessoal da água nas paredes do recipiente, tecendo-se no próprio
material, e então cristalizadas, de modo que a água é agora não
só encerrada fisicamente, mas celestial também. Focando
atentamente, visualize uma nuvem branca acima de sua cabeça alguns
centímetros, brilhando vibrantemente com energia pura. Inspire, e
absorva essa nuvem e traga para seu ombro e peito. Expire, e deixe
que a luz dessa nuvem agora dentro de você emana um feixe de luz
brilhante para seu braço, descendo para sua mão e para fora da
palma da sua mão e para a água. Repita este processo mais e mais,
enchendo a água dentro do recipiente com esta luz brilhante de baixo
para cima. O tamanho do frasco, e a quantidade de água, vai
determinar quanto tempo este processo é continuado. Quando terminar,
ainda segurando sua mão dominante sobre o recipiente, leve em sua
outra mão a tampa e preenchê-lo com as suas energias pessoais.
Portanto, agora que você criou essa água, o que pode fazer com ela?
Idealmente, uma vez que estamos lidando com a defesa metafísica você
ira usá-lo para esse fim, comandando as propriedades da água para
atuar como um bloco contra todas as energias hostis. Você pode optar
por borrifar esta água sobre a sua casa, nas entradas e saídas de
um edifício, em torno de sua cama, marcar suas portas e janelas,
etc.
Deve-se
notar aqui que os seguintes rituais são mais eficazes quando
utilizados por um indivíduo cristão firme, comparativamente forte
em sua fé.
Bênção
da Água Benta
Banimento
preliminar das energias da água:
"Eu
exorcizo a ti, ó criatura da água, por Aquele que te criou e te
reuniu em um lugar para que a terra seca aparecesse, para descobrir
todos os enganos do inimigo, e expulsar todas as impurezas e
imundícias dos Espíritos diabolicos para que eles não possam me
fazer mal, por meio da virtude de Deus Todo-Poderoso que vive e reina
pelos séculos dos séculos. Amém". Da Magia Transcendental.
Para
aplicação cristã, pode-se desejar adicionar ou mudar o final de
"... para que eles não possam me fazer mal em nome de Jesus
Cristo e através da virtude de Deus Todo-Poderoso ....." O
celebrante começa com estas palavras: Em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo. Faça o sinal da cruz e dizer: Amen.
O celebrante saúda os presentes,
usando o seguinte, ou outras palavras adequadas, tomadas
principalmente da Sagrada Escritura:
"Que Deus, que através da água
e do Espírito Santo nos deu um novo nascimento em Cristo, esteja
comigo (se com os outros, por exemplo" seja com todos vós ")."
Se com os outros, eles devem fazer a seguinte ou alguma outra
resposta adequada: ". E também com você" Como
circunstâncias sugerem, o celebrante pode preparar os presentes para
a bênção das seguintes palavras ou outras semelhantes: "A
bênção desta água nos lembra de Cristo, a água viva, e do
sacramento do Batismo, em que nós nascemos da água e do Espírito
Santo.
Os Ensinamentos de Saint Germain. Tome
uma gota de óleo em seu dedo (de oliva, vegetal) e ungir a sua casa
da seguinte maneira: andar em torno de sua casa e tocar com o dedo as
portas, janelas, gatos, cães, crianças, você e seu cônjuge
(supondo que você tem qualquer um desses) enquanto reza o
seguinte: " Jesus, pela fé eu ungir a mim, minha esposa,
os filhos, os gatos, os cães e esta casa, janelas e portas e
declarar todos eles santo para vós e pedimos que nos purifique e
purifique esta casa de todo o espírito imundo e do espírito humano
que não pertence aqui. Em nome de Jesus, Satanás, eu te amarro, eu
amarro vocês espíritos do príncipe do ar, e das forças do mal, eu
ordeno que tire as mãos da nossa alma, do nosso espírito e do
nosso corpo, nosso coração, mente e emoção e das coisas
materiais. Eu oro para a unção de seu sangue e proteção de seus
poderosos anjos guerreiros em Teu nome, Jesus, amém.
*******CONTINUA********
Os nomes verdadeiros dos personagens foram omitidos.